Barbara Lucia Guimarães Alves é Doutora em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social pelo Programa EICOS - UFRJ, Mestra em Engenharia Ambiental pela UERJ, com Especialização em Educação para Gestão Ambiental - PDBG/UERJ. Possui graduação em Licenciatura em Ciências Agrícolas pela UFRRJ e graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Atuando nos seguintes temas: árvores, podas, aterros, consumo, gerenciamento ambiental e resíduos.
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quinta-feira, 17 de maio de 2018
domingo, 6 de maio de 2018
Parte V: COMUNIDADES RURAIS: INICIATIVAS EDUCACIONAIS A PARTIR DE RESÍDUOS SÓLIDOS
AUTORA: Barbara Lucia Guimarães Alves
AS OFICINAS E OS RESÍDUOS SÓLIDOS
- Os Polos
de Educação pelo Trabalho
ampliam as possibilidades
de construção de fazeres
relevantes
à problemática dos resíduos sólidos e a preservação do meio ambiente.
-À luz dessa reflexão desenvolvi um
estudo junto
ao PEA/PDBG/UERJ/RJ articulando essa nova proposta para o Polo de Educação pelo
Trabalho Gov. Carlos Lacerda:
.
Segregação seletiva de materiais com
coletores específicos para dinamizar
oficinas que desenvolvessem as ações de reduzir, repensar,
reaproveitar, reciclar, recusar consumir produtos que gerassem
impactos
socioambientais significativos, proporcionando um efeito difusor.
A INTERDISCIPLINARIDADE
-Nas oficinas os conhecimentos se cruzam,
se articulam e se interpenetram
-Parâmetros Curriculares Nacionais -
Educação Ambiental como tema transversal.
-
-
“Complexidade e holismo são palavras cada vez
mais ouvidas nos debates educacionais. Nesta perspectiva, podem-se incluir as
reflexões de Edgar Morin, que critica a razão produtivista e a racionalização
modernas, propondo uma lógica do vivente. ” (GADOTTI, 2000).
[...]
“o homem somente se realiza plenamente como ser humano pela cultura e na
cultura. Não há cultura sem cérebro humano (aparelho biológico dotado de
competência para agir, perceber, saber, aprender), não há mente (mind), isto é,
capacidade de consciência e pensamento, sem cultura” (MORIN, 2004, p.52)
OUTRAS POSSIBILIDADES NO CONTEXTO
DAS OFICINAS
-Para Back Jr. existe uma correlação entre o
método Waldorf
e os
estudos de Paulo
Freire (1921-1997).
-
-A Metodologia Waldorf, cujos fundamentos
teóricos, filosóficos e antropológicos, segundo Back Jr., (2012) foram
elaborados pelo filósofo austríaco Rudolf Steiner (1861-1925) ampliam a concepção de ser humano e de sua
finalidade, onde a percepção do mesmo está focada na questão da liberdade do
ser humano.
-
“Na Escola
Rural Dendê da Serra,
os ambientes distam fisicamente uns dos outros, pois cada espaço é um núcleo
específico de imersão e emersão para o aluno. É o local onde o professor exerce
sua transdisciplinaridade. E a interconexão entre esses espaços através da
Natureza e dos conteúdos ensinados, através das aulas de matéria (artes,
marcenaria, jardinagem, línguas estrangeiras, euritimia) estabelece a
interdisciplinaridade.” (COSTA, 2014, p. 176)
-
-
terça-feira, 1 de maio de 2018
Parte IV: COMUNIDADES RURAIS: INICIATIVAS EDUCACIONAIS A PARTIR DE RESÍDUOS SÓLIDOS
COMUNIDADES RURAIS: INICIATIVAS EDUCACIONAIS A PARTIR DE RESÍDUOS SÓLIDOS
AUTORA: Barbara Lucia Guimarães Alves
ENFOQUE NACIONAL CONTEMPORÂNEO
-Paulo Freire:
[...] “uma espécie de anestesia inibindo
o poder criador dos educandos; a educação problematizadora, de caráter
autenticamente reflexivo, implica em um constante ato de desvelamento da
realidade.” (FREIRE, 1987, p. 70)
“Tudo exige que o
educador seja um companheiro dos educandos, em suas relações com estes.”
(FREIRE, 1987, p. 62)
-Identificação com as oficinas de
trabalho:
.
Adaptação à mudanças
.
Possibilidade de lidar com erros e acertos
.
Experimentação, criatividade, liberdade
.
Formação de cidadãos autônomos
-Para Kowaltowsky (2011) os ambientes de ensino
devam ser flexíveis o suficiente para possibilitar o desenvolvimento de pelo
menos 18 modalidades de atividades de aprendizagem:
1 estudo independente; 2 grupos de trabalhos supervisionados; 3 trabalho em
grupos pequenos de 2 a 6 anos; 4 instrução individual; 5 palestra de professor
ou de especialista no palco principal; 6 ensino baseado em projetos temáticos
previamente estabelecidos; 7 aprendizado com base em tecnologia móvel
(notebooks); 8 ensino à distância; pesquisa via internet sem fio; 9
apresentações dos alunos; 10 apresentações teatrais ou de música; 11 ensino por
meio de seminários; 12 aprendizado por meio de serviço comunitário; 13
aprendizado na Natureza; 14 aprendizado social e emocional; 15 ensino baseado
em artes; 16 ensino por meio da contagem de histórias; 17 construção do próprio
aprendizado, 18 construção do aprendizado com alunos em situações práticas.
(KOWALTOWSKI, 2011, p. 175).
Parte VI: COMUNIDADES RURAIS: INICIATIVAS EDUCACIONAIS A PARTIR DE RESÍDUOS SÓLIDOS
COMUNIDADES RURAIS: INICIATIVAS EDUCACIONAIS A PARTIR DE RESÍDUOS SÓLIDOS
AUTORA: Barbara Lucia Guimarães Alves
APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS
-Caracterização da releitura
da experiência na abordagem sobre lixo, ambiente e trabalho.
-Correlação de uma
conceituação de cunho ambiental relativa aos resíduos sólidos às práticas das
oficinas do PET Gov. Carlos Lacerda.
-Averiguação dos prováveis
benefícios que as oficinas de Educação pelo Trabalho poderiam propiciar nas questões ambientais.
-Percepção de como
se dava a conscientização sobre o meio ambiente ou, propriamente, por outro olhar.
CONCLUSÃO
-Em diálogos entre os dinamizadores das
atividades – corpo docente – ficou explicito o bom relacionamento com os
educandos, fato que gerava satisfação pessoal para cada componente do grupo.
-As entrevistas realizadas nas Chefias do
Polo e na Gerência da Supervisão dos Polos de
Educação pelo Trabalho -
SME/RJ
demonstraram coerências entre os fatores relatados. As propostas
nos polos corroboravam para um meio ambiente mais saudável dentro e fora das
escolas.
-O estudo realizado sobre o procedimento
educacional da unidade escolar contribuiu de uma maneira global para a melhoria
dos problemas ambientais.
-As atividades nas quais os Polos de
Educação pelo Trabalho estão envolvidos com a esta temática são intensas, e,
requerem bastante versatilidade de toda a equipe.
-As atividades dos Polos de Educação
pelo Trabalho foram efetivas, propiciando a participação socializada nas
atribuições do mundo do trabalho.
-A metodologia utilizada, àquela
época, é perfeitamente aplicável aos dias atuais e pode colaborar na
organização das escolas rurais visando à minimização do lixo por elas gerados,
ajustando-se as relações de trabalho com meio ambiente
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bach, J., Jr. (2012). A Pedagogia Waldorf
como educação para a liberdade: Reflexões a partir de um possível diálogo entre
Paulo Freire e Rudolf Steiner. Tese de doutorado, Programa de Pós-Graduação em
Educação, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil.
CASTRO, E. M. N. V. D., & BRANQUINHO,
F. (2003). Complexidade, solidariedade e participação no projeto de educação
ambiental do Programa de despoluição da Baía de Guanabara–PEA/PDBG. 26ª Reunião
Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação, Caxambu,
MG.
Costa, S. K. (2014). Discurso
arquitetônico e prática de ensino e aprendizagem: Fundamentação,
disciplinamento e subjetividades produzidas. Tese de doutorado, Universidade
Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, BA, Brasil.
de Janeiro, R. I. O. (1996). Multieducação:
núcleo
curricular básico. Rio de Janeiro: SME.
Escola Waldorf Steiner. Disponível em:
<http://www.escolawaldorf.org/web/index.html>. Acesso 22, mar. 2016.
Freire, P. (1996). Pedagogia da
autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra.
Freire, P. (1987). Pedagogia do oprimido.
Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Freinet, C. (1996). Pedagogia do bom
senso (J. Batista, Trad., M. Stahel, revisão e texto final). São Paulo: Martins
Fontes.
Foucault, M. (2011). Vigiar e Punir:
Nascimento da prisão. (39. ed.) Petrópolis: Vozes.
Gadotti, M. (2000). Perspectivas atuais
da educação. São Paulo em Perspectiva, 14(1).
domingo, 29 de abril de 2018
1º Fórum de Agricultura Familiar Brasil/EUA/Haiti
Esta semana participamos (eu e meu grupo de estudos) do I Fórum de Agricultura Familiar Haiti/ Brasil/EUA, realizado pelo PPGEA - UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Foi um empreendimento arrojado, oferecendo palestras, minicursos, oficinas, visitas guiadas, apresentações orais e em posters. Foram discutidos e veiculados assuntos com grande diversidade em relação ao tema. Nos coube sugerir uma reflexão sobre o tema "consumo" no âmbito do locavorismo, com análise relativa as atividades em feiras orgânicas. A divulgação do conteúdo será liberado mais adiante, quando do alcance dos estudos mais aprofundados pelo grupo. Por enquanto, para dirimir dúvidas sobre o que significa a palavra "locavorismo", posso adiantar que é um conceito atualíssimo, com raríssimos estudos no Brasil e que compreende atividades setorizadas. Isto é, tanto a produção agrícola como a comercialização são feitas localmente, num raio aproximado a 160 Km, segundo Azevedo (2015). Esta valoração estimada para o raio varia de acordo com diferentes autores e de acordo com características geográficas. No nosso estudo, a estimativa e consequentemente a escolha da autora, se dá em função do campo de estudo, e também foi o que consideramos de maior coerência. Parabéns para a Comissão Organizadora pela qualidade das atividades.
quinta-feira, 26 de abril de 2018
Parte III: COMUNIDADES RURAIS: INICIATIVAS EDUCACIONAIS A PARTIR DE RESÍDUOS SÓLIDOS
COMUNIDADES RURAIS: INICIATIVAS EDUCACIONAIS A PARTIR DE RESÍDUOS SÓLIDOS
AUTORA: Barbara Lucia Guimarães Alves
DINÂMICA PARA A CRIAÇÃO DE OFICINAS
A RELAÇÃO DOS PROJETOS DE TRABALHO
COM A VIDA
- Que importância tiveram os Projetos de
Educação pelo Trabalho?
- Quais respostas pedagógicas que
promoveram mudanças que vislumbraram outros saberes não compartimentados?
- O que representariam hoje na sociedade
através da geração de novas tecnologias e conceitos para reorganização do mundo
do trabalho, na intenção da reutilização dos resíduos?
- Que efeitos estariam sendo impressos
numa escola que extrapola a função de alfabetizar?
- Cada etapa educacional tem a seu valor, pois
responde às transformações que os alunos vivem e as relações dessas nas suas
vidas e com o meio em que estão inseridos.
- Questões como tratar de interessar os alunos ou
outros atores pelo trabalho e ensinar-lhes ações substanciais para a vida e
conectá-los com o mundo fora,
uma vez que a escola é o coração da comunidade.
A APRENDIZAGEM E A PRÁTICA REFLEXIVA
-Schön (1990, p. 89)
- a formação
artística, a aprendizagem profissional entre outras práticas revela
uma maneira de aprender fazendo, que conduzem os alunos a um “praticum
reflexivo”: O que
se aprende fazendo fica consolidado.
-Gallo (2012) - uma ampliação da sua autonomia
por intermédio da reflexão.
-Freinet:
Pelo Trabalho
que se prepara para o Trabalho numa escola e numa sociedade do Trabalho.
(SME, 1995/1996, s. p., apud FREINET, Celestin, 1996).
“O
trabalho manual não é tudo, por certo. Mas causa em si, latente, o esforço
físico e o intelectual necessário a um desenvolvimento harmonioso do homem. E é
justamente essa harmonia que a sociedade nova deve pôr no lugar do
desequilíbrio atual”. (MAURY, 1993, p.93).
terça-feira, 24 de abril de 2018
Parte II: COMUNIDADES RURAIS: INICIATIVAS EDUCACIONAIS A PARTIR DE RESÍDUOS SÓLIDOS
COMUNIDADES
RURAIS: INICIATIVAS EDUCACIONAIS A PARTIR DE RESÍDUOS SÓLIDOS
AUTORA: Barbara Lucia Guimarães Alves
OBJETIVOS
-Desenvolver uma modalidade com foco nos
resíduos para escolas rurais, através de um trabalho compartilhado envolvendo
os próprios professores e/ou atores locais, com destreza nata, que possuam
habilidades no trato com a recuperação de materiais, supostos obsoletos.
-Perceber os benefícios da relação do
binômio trabalho/vida no contexto do
meio ambiente.
-Suscitar mudanças comportamentais em
relação aos resíduos sólidos.
-METODOLOGIA
-A abordagem metodológica é de origem
qualitativa, tendo por base a documentação indireta, com coleta assistemática
de dados, por meio de observação participante e entrevistas semiestruturadas.
AS OFICINAS
Polos de Educação pelo Trabalho:
-articuladas com as características
locais;
-voltadas para a minimização
de materiais residuais
mais expressivos no ambiente;
-contar com uma revitalização
constante ;
-processo de atualização
dos docentes ou
das pessoas com potencial poder transformador,
interessadas em se inserir no trabalho;
-organização das atividades: acondicionar
resíduos reaproveitáveis de acordo com as tendências de geração dos
mesmos na localidade
- eco pontos de recepção
e de trocas de
materiais;
-direcionamento do material para coletores
de cores diferenciadas por
tipo de resíduos;
-criação de espaço para reuniões
e salas-ambiente;
-nomear as oficinas relacionando-as aos
dinamizadores, de acordo com suas habilidades específicas;
-divulgação das oficinas, suas disponibilidades e
horários fazem parte do processo.
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