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domingo, 12 de outubro de 2025

Economia X Sustentabilidade

 



Sustentabilidade 


Fonte: MAY, Peter; LUSTOSA, Maria Cecília; VINHA, Valéria. Economia do meio ambiente. Elsevier Brasil, 2010.

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

BIOINSUMOS



🌱 O que são Bioinsumos

Bioinsumos são produtos biológicos usados na agricultura para melhorar a produtividade e proteger as plantas, reduzindo o uso de produtos químicos. Eles incluem micro-organismos vivos, extratos vegetais ou compostos naturais que atuam no solo, na planta ou nos insetos.


🧬 Principais Tipos

  1. Biofertilizantes: aumentam a fertilidade do solo ou fornecem nutrientes às plantas (ex.: microrganismos fixadores de nitrogênio, como Rhizobium).
  2. Biopesticidas: controlam pragas e doenças de forma natural (ex.: fungos, bactérias, nematoides benéficos, extratos vegetais).
  3. Bioestimulantes: promovem crescimento e resistência das plantas a estresses (ex.: extratos de algas, aminoácidos).

🌟 Benefícios

  • Ambientais: reduzem poluição do solo e água, conservam a biodiversidade.
  • Econômicos: podem reduzir custos com insumos químicos.
  • Agronômicos: melhoram a saúde do solo, aumentam a resistência das plantas e podem aumentar produtividade.

⚠️ Desafios

  • Eficácia pode variar com clima, solo e cultura.
  • Necessidade de armazenamento e aplicação corretos.
  • Maior conhecimento técnico para manejo adequado.

🌍 Panorama no Brasil

O uso de bioinsumos está crescendo, especialmente em sistemas de agricultura sustentável, orgânica e integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Incentivos governamentais e pesquisas da Embrapa têm impulsionado o setor.


Tabela  sobre bioinsumos:

Tipo de Bioinsumo Exemplos Função / Benefício
Biofertilizantes Rhizobium, Azospirillum, húmus, composto orgânico Fixam nitrogênio, fornecem nutrientes, melhoram a fertilidade do solo
Biopesticidas Bacillus thuringiensis, fungos entomopatogênicos (Beauveria bassiana), nematoides benéficos, extratos de nim Controlam pragas e doenças de forma natural, sem poluir o ambiente
Bioestimulantes Extratos de algas, aminoácidos, bactérias promotoras de crescimento Estimulam crescimento, resistência a estresses (seca, salinidade, calor), aumento da produtividade
Microrganismos benéficos do solo Trichoderma, micorrizas Melhoram a saúde do solo, aumentam absorção de nutrientes e proteção contra patógenos
Compostos naturais Óleos essenciais, extratos vegetais Ação fungicida, inseticida ou repelente de pragas







 

domingo, 5 de outubro de 2025

ILPF-INTEGRAÇÃO-LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA

 


A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) é um sistema de produção sustentável que combina, em uma mesma área, atividades agrícolas, pecuárias e florestais, realizadas de forma integrada, sinérgica e planejada, com o objetivo de aumentar a produtividade e conservar os recursos naturais.


🌱 O que é a ILPF

A ILPF é um modelo que busca diversificar, intensificar e otimizar o uso da terra, alternando ou combinando:

  • Lavouras (soja, milho, sorgo, feijão, etc.);
  • Pecuária (criação de gado de corte ou leiteiro);
  • Floresta (árvores para madeira, sombreamento, recuperação ambiental, etc.).

Esses componentes podem ser explorados em rotação, consórcio ou sucessão.


🔄 Modalidades da ILPF

  1. Integração Lavoura-Pecuária (ILP): alternância ou consórcio entre culturas agrícolas e pastagens.
  2. Integração Lavoura-Floresta (ILF): cultivo de lavouras entre linhas de árvores.
  3. Integração Pecuária-Floresta (IPF): pastagens com árvores que oferecem sombra e madeira.
  4. Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF): combinação dos três sistemas de forma conjunta.

🌾 Principais Benefícios

  • Econômicos: aumento da renda e diversificação da produção; aproveitamento integral da área o ano todo.
  • Ambientais: melhoria da fertilidade do solo, redução da erosão, sequestro de carbono e recuperação de áreas degradadas.
  • Sociais: geração de empregos e fixação do produtor no campo.
  • Zootécnicos: conforto térmico e bem-estar animal, aumento da produtividade da pecuária.

🌍 Exemplo Prático

Um produtor planta milho e braquiária (capim) no verão. Após a colheita do milho, o capim permanece para pastejo do gado. Paralelamente, há linhas de eucalipto que fornecem madeira e sombra. Assim, a área gera:

  • Grãos no verão;
  • Carne/leite no outono/inverno;
  • Madeira a médio e longo prazo.

🧭 Desafios

  • Necessidade de planejamento técnico detalhado;
  • Custo inicial mais alto para implantação;
  • Demanda por conhecimento multidisciplinar (agronomia, zootecnia, silvicultura);
  • Manejo complexo para equilibrar todos os componentes.

🇧🇷 No Brasil

O Brasil é referência mundial em ILPF, com apoio de instituições como a Embrapa, que promove o Programa Nacional de ILPF.
Segundo dados recentes, mais de 20 milhões de hectares já utilizam algum tipo de integração no país.



sábado, 4 de outubro de 2025

Olericultura Agrivoltaica

Olericultura sob painéis solares (agrivoltaica) 


É uma área com muita aplicação prática e pesquisa ativa, especialmente interessante para aumentar a renda por hectare, reduzir estresse hídrico nas plantas e aproveitar o mesmo solo para energia e alimento. Vou resumir o que funciona, riscos e um plano prático (passo-a-passo) para começar um projeto piloto de hortaliças sob painéis. Incluo referências recentes para as partes mais importantes.

O que é e por que fazer

Agrivoltaica = instalação de módulos fotovoltaicos elevados/arranjados de modo a coexistir com cultivos abaixo. Pode melhorar eficiência da água, reduzir temperatura e evaporação e gerar receita de energia/arrendamento enquanto mantém (ou às vezes aumenta) produção agrícola. Estudos e guias técnicos recentes resumem ganhos de produtividade por área útil e benefícios microclimáticos.

Vantagens específicas para olerícolas

  • Menor estresse hídrico / maior eficiência de uso da água (sombra parcial reduz evaporação).
  • Proteção térmica em dias quentes — pode reduzir temperatura do dossel em graus que ajudam qualidade e longevidade das folhas/frutos.
  • Risco de queimadura solar e aceleração de maturação moderados — em alguns casos a qualidade (cor, °Brix, firmeza) muda, podendo ser positiva ou negativa dependendo da cultura e do nível de sombreamento.
  • Renda dupla: venda de hortaliças + geração/arrendamento de energia.

Principais desafios / riscos

  • Sombreamento excessivo reduz rendimento em culturas que exigem alta radiação (ex.: tomate, pimentão) — o nível de sombreamento ideal varia por cultura e estação.
  • Alteração do microclima (umidade mais alta sob painéis) pode favorecer algumas doenças fúngicas; manejo sanitário deve ser reforçado.
  • Custos de instalação / logística (estruturas elevadas, acesso de tratores, poda, instalação elétrica) e possíveis requisitos regulatórios/ambientais locais.

Projetos de design — parâmetros práticos (baseados em literatura e guias)

  • Altura livre do solo: recomenda-se deixar espaço suficiente para operações agrícolas — muitos projetos usam ≥ 2,5–4 m do solo ao vão dos painéis (maior altura facilita mecanização e ventilação). (valor depende da operação).
  • Cobertura/fracção de sombra (shading fraction): evitar sombreamento >50% permanente para cultivos exigentes; níveis moderados (~20–40%) costumam beneficiar folhas verdes que toleram sombra. Fazer simulações de radiação e testar in loco.
  • Orientação e espaçamento dos painéis: otimizar geração elétrica e permitir luz difusa — linhas de painéis espaçadas para corredores de plantio; ângulo e espaçamento devem considerar latitude e estação.
  • Tipo de montagem: estruturas fixas elevadas são comuns; painéis bifaciais ou trackers podem alterar padrão de sombreamento e calor e devem ser avaliados.
  • Irrigação e sensoramento: integrar sensores de solo e PAR (radiação) para ajustar irrigação — agrivoltaica costuma aumentar eficiência hídrica.

Culturas mais indicadas (resumo prático)

  • Boa adequação / já testadas com sucesso: alface, espinafre, rúcula, outras folhosas; algumas ervas (manjericão, coentro) e mudas/estufas de produção.
  • Cuidado / testar: tomate, pimentão, berinjela — podem ficar mais sensíveis à redução de radiação; porém estudos mostram que com sombreamento moderado a qualidade/uso de água pode melhorar (avaliar por local/estação).
  • Raiz/bolbos: cenoura, beterraba — sensibilidade variável; testar em parcelas.

Plano prático (piloto) — executar agora mesmo no seu terreno

  1. Escolha local: mínimo 0,5–1 ha para avaliar múltiplas variantes (pode ser menor, mas varie sombreamento). Inclua áreas de controle (solo aberto).

  2. Configuração experimental (exemplo simples):

    • Parcela A = campo aberto (controle)
    • Parcela B = sob painéis com sombreamento leve (~20%)
    • Parcela C = sob painéis com sombreamento moderado (~40%)
    • Parcela D = corredor entre fileiras (maior insolação parcial)
  3. Medições a coletar (mínimo):

    • Produtividade por parcela (kg/m²) e área colhida;
    • Qualidade (tamanho, cor, °Brix quando aplicável, vida pós-colheita);
    • Microclima: temperatura do ar e do solo, umidade relativa, radiação PAR (fotômetro);
    • Uso de água: volume irrigado e leituras de umidade do solo;
    • Incidência de pragas/doenças e manejo fitossanitário;
    • Receita e custos (energia gerada/arrendada + custo de instalação e manutenção).
      (Instrumentos: sensores de solo, um par de sensores PAR, termômetros/estação meteorológica simples).
  4. Calendário: por cultivo de ciclo curto (folhosas) faça pelo menos 2 safras (estações diferentes) para captar efeitos sazonais; para culturas de ciclo longo recomenda-se monitoramento anual.

  5. Manejo integrado: ajuste densidade de plantio, ventilação entre linhas e calendário de irrigação. Previna doenças pela maior umidade com espaçamentos que permitam ventilação e por práticas sanitárias.

Aspectos econômicos e regulatórios

  • Modelos de negócio: venda da produção + venda/arrendamento da energia (ou cooperativas/contratos PPA). Em áreas brasileiras há estudos e pilotos mostrando viabilidade, mas atenção a normas locais e licenças ambientais.

Recomendações rápidas (checklist resumido)

  • Fazer um piloto controlado (ver plano acima).
  • Medir PAR, temperatura, umidade e rendimento.
  • Começar com folhosas (alface, rúcula, espinafre) para aprender manejo sob sombra.
  • Dimensionar estrutura com altura suficiente (>2,5 m) e corredores de acesso.
  • Integrar irrigação por sensores e registrar custos/receitas.
  • Consultar guias de boas práticas agrisolar e legislação municipal/estadual.


sexta-feira, 3 de outubro de 2025

UFRRJ na RIO+AGRO

 


Na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, Brasil - foi desenvolvido um sistema inovador de sensores para medição de umidade do solo, pressão,  CO2, temperatura e ph do solo. 



Para utilização desses dados foi desenvolvido um outro sistema que capta a energia solar e  os armazena na nuvem (Power Bank) onde ficarão disponibilizados através de um programa direcionado para consulta no celular.



GUARATIBA

 


Guaratiba, RIo de Janeiro, Brasil, se fez representar na RIO+AGRO (Fórum Internacional Agro Ambiental). Podemos dizer que é um pedacinho do céu na terra.  É um lugar onde se encontra diversos biomas, que vão desde a magnífica restinga perpassando por florestas e mangues, entre outros. Não foi à toa que o eminente paisagista Roberto Burle Marx por lá resolveu se instalar.

O nome Guaratiba tem origem tupi.

  • Guará” = pode se referir ao guará, ave de plumagem vermelha (Eudocimus ruber), bastante encontrada em áreas de manguezal.
  • Tyba / Tiba” = em tupi significa ajuntamento, reunião, abundância.

👉 Portanto, Guaratiba significa algo como “ajuntamento de guarás” ou “lugar onde há muitos guarás”.

Essas aves eram comuns nas áreas de manguezais da região no período pré-colonial, o que explica a escolha do nome pelos povos indígenas que habitavam a região.







Aqui vão informações sobre os tipos de biomassa, vegetação e ecossistemas em Guaratiba (Zona Oeste do Rio de Janeiro), bem como sua importância ambiental. 



O que há em Guaratiba: vegetação & biomassa

  1. Reserva Biológica Estadual de Guaratiba (RBG)

    • A RBG tem ~3.360 hectares, protegendo remanescentes de manguezal, planícies hipersalinas/apicuns, áreas úmidas e áreas em regeneração.
    • Espécies vegetais típicas do mangue presentes: Rhizophora mangle, Avicennia schaueriana, Laguncularia racemosa.
    • O manguezal é ecossistema de grande valor para biomassa: tanto aérea (troncos, folhas, galhos) quanto subterrânea (raízes e sedimentos) armazenam carbono.
  2. Horto Florestal de Guaratiba (HFGUA)

    • Esta é uma unidade de 8 hectares na Ilha de Guaratiba. Um dos seus objetivos é produzir mudas de espécies da restinga e do mangue.
    • Produz mudas nativas, frutíferas, exóticas para reflorestamento e compensações ambientais.
  3. Vegetação costeira, restinga, mangue, áreas alagadas

    • Além do mangue denso, há presença de restinga e vegetações costeiras típicas. A interface terra‐água, sedimentos, matéria orgânica proveniente do mangue (folhas, raízes) configuram importantes frações da biomassa.
    • As áreas de apicum / planícies hipersalinas também têm vegetação bastante especializada.
  4. Fator sequestro de carbono 

    • O manguezal da RBG é apontado como um dos mais bem preservados do município. Ele retém anualmente uma quantidade significativa de dióxido de carbono (CO₂).
    • A biomassa de raízes em manguezais é especialmente relevante para o estoque de carbono, nos sedimentos. Pesquisas em Guaratiba investigam esse aspecto.

Desafios e ameaças

  • Degradação ambiental por extração de barro, corte de árvores, ocupações irregulares.
  • Incêndios em vegetação, como ocorreu na Fazenda Modelo. Vegetação rasteira, áreas degradadas, ampliação urbana sem controle podem aumentar risco.
  • Pressão urbana e expansão: Guaratiba está em uma zona de transição entre áreas ainda relativamente mais naturais e expansão urbana. Isso coloca pressão sobre as áreas de vegetação natural.

Importância da biomassa em Guaratiba

  • Serviços ecossistêmicos: a biomassa vegetal (árvores, mangues, raízes) auxilia no sequestro de carbono, regulação do clima local, mitigação de ilhas de calor.
  • Produtor de matéria orgânica para ecossistemas aquáticos: o mangue libera matéria orgânica que sustenta fauna marinha e estuarina.
  • Proteção costeira e controle de erosão: raízes do mangue ajudam a estabilizar sedimentos, proteger contra ressacas, variação de marés.
  • Biodiversidade: vegetações diversas suportam espécies de flora e fauna especializadas.


quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Fórum Internacional RIO+AGRO






Começou hoje no Rio de Janeiro (Brasil) o Fórum Internacinal RIO+AGRO na sua segunda  edição, desta vez no RIOCENTRO. Serão três dias de palestras e mesas redondas sobre o tema chave.

A proposta principal é aliar a agricultura à sustentabilidade.  Nesse ínterim,  destaca- se a segurança alimentar e hídrica e a diplomacia ambiental,  como também aspectos econômicos e desenvolvimento sustentável, com o foco voltado para as emergências climáticas,  energéticas, alimentar e social. O evento ainda conta com expositores de pequenos e grandes empreendimentos agrícolas. E, evidentemente, nós fomos conferir!











sábado, 27 de setembro de 2025

JARDINS DE CHUVA

 

nathnogueirapaisahismo


🌱💧ENTENDENDO OS JARDINS DE CHUVA

São  de fáceis confecções,  podem ser organizados por condomínios,  residências,  em praças, terrenos, com participação pública ou não. São essenciais frente às mudanças climáticas. Nota-se na figura acima que o cercado no entorno da golas das árvores têm depressões que facilitam ao escoamento das águas para dentro dos canteiros.  Mas também podem ser no nível dos pisos, ou simplesmente sem delimitações. 

🌧️ O que são?

  • Jardins de chuva são áreas rebaixadas (Para facilitar o escoamento das águas) e ajardinadas que captam a água da chuva proveniente de telhados, calçadas e ruas.
  • Funcionam como sistemas naturais de drenagem, permitindo que a água infiltre no solo em vez de escoar diretamente para bueiros.

⚙️ Como funcionam

  1. A água da chuva é direcionada para o jardim.
  2. O solo especial, permeável facilitando que as camadas de drenagem filtrem poluentes.
  3. As plantas (preferencialmente nativas) ajudam na absorção da água e na evapotranspiração.
  4. O excesso de água infiltra no lençol freático ou segue para o sistema de drenagem natural com menor intensidade.

🌿 Benefícios

  • Reduz alagamentos e enchentes urbanas.
  • Filtra poluentes, melhorando a qualidade da água.
  • Recarga de aquíferos e aumento da infiltração.
  • Criação de biodiversidade urbana (habitat para insetos e aves).
  • Beleza paisagística e melhoria do microclima.

⚠️ Desafios

  • Necessidade de espaço adequado em áreas urbanas.
  • Manutenção regular (remoção de sedimentos, cuidado com plantas).
  • Requer planejamento técnico (dimensionamento do volume de água), que de acordo com a permebilidade do solo e as plantas utilizadas, não é tão difícil de confeccionar.

👉 Em resumo: os jardins de chuva são soluções baseadas na natureza para gestão sustentável das águas pluviais, que unem infraestrutura verde e paisagismo funcional.


sábado, 6 de setembro de 2025

RELAÇÃO ENTRE PAISAGISMO E MEIO AMBIENTE


 Já  fomos questionados sobre a escolha do título da página.  Por vezes, alguns acham que deveríamos optar por um dos temas chave. Primeiramente, destacamos que a questão ambiental permeia todos os temas relacionados à vida na terra. E, como somos urbanos, no nosso caso, o paisagismo é a ferramenta para trazer a natureza para os centros de cidade e particularmente uma paixão, um instrumento de contemplação. 

O paisagismo pode estar em todo o lugar, e é uma forma de inserção de espécies nativas - preferencialmente, e exóticas quando não há outras opções. Nesse âmbito gostaria de destacar o trabalho atual de dois mestres que podem servir de referência para o tema, são eles - Harri Lorenzi e Ricardo Cardim. O primeiro é  mais generalista, considera a importância  das espécies, trabalhando na domesticação de nativas de interesse paisagístico.  Já o segundo é extremamente radical na instrução de espécies nativas e endêmicas. Cabe aqui diferenciarmos a classificação anterior - as nativas ocorrem naturalmente numa determinada região, mas podem ser encontradas  em outros locais também, já  uma espécie endêmica é uma espécie nativa que só existe numa área geográfica específica. Resumindo, todas as espécies endêmicas são nativas, mas nem todas as nativas são endêmicas. Nesse ínterim,  não podemos deixar de mencionar a nossa referência maior e mais completa, Roberto Burle Marx, pelo legado deixado pelo mundo, através dos seus desenhos projetados para grandes áreas verdes, pelo seu enorme acervo e sua notória relevância na missão de construção de espaços de contemplação da natureza.

Figura: @papodepaisagista


sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Aphelandra squarrosa




 Características gerais

  • Família: Acanthaceae
  • Origem: Florestas tropicais do Brasil
  • Porte: Arbusto perene, geralmente entre 30–80 cm de altura em cultivo
  • Folhas: Grandes, verde-escuras, com nervuras claras em contraste
  • Flores: Inflorescências em espiga, com brácteas amarelas vistosas que podem durar várias semanas; flores verdadeiras são pequenas e efêmeras

 Luz e ambiente

  • Prefere luz indireta intensa.
  • Sol direto pode queimar as folhas; pouca luz enfraquece a planta e reduz a floração.
  • Ideal em ambientes internos bem iluminados ou varandas protegidas.
  • Sensível a correntes de ar frio e a variações bruscas de temperatura.

Temperatura ideal: entre 18 °C e 24 °C. Não tolera frio abaixo de 12 °C.
Umidade: gosta de alta umidade (60–70% ou mais). Em ambientes secos, usar umidificador, bandeja com água/pedrinhas ou borrifar levemente as folhas.


 Solo e substrato

  • Precisa de substrato rico em matéria orgânica, leve e bem drenado.
  • Uma mistura ideal:
    • 1 parte de terra vegetal
    • 1 parte de turfa ou fibra de coco
    • 1 parte de areia grossa ou perlita

pH: levemente ácido a neutro (5,5–6,5).


 Rega

  • Mantém-se o solo levemente úmido, sem encharcar.
  • Regar quando a camada superficial do substrato começar a secar.
  • Água em excesso causa apodrecimento de raízes.
  • Água em falta provoca murcha rápida e queda de folhas.

 Floração

  • Normalmente floresce no verão e início do outono, quando bem cuidada.
  • Inflorescências amarelas podem durar até 6 semanas.
  • Após a floração, recomenda-se cortar a haste floral para estimular novo crescimento.

Cuidados extras

  • Adubação: quinzenal na primavera e verão com adubo líquido rico em fósforo (para estimular floração) e equilibrado em nitrogênio (para manter folhas bonitas). No outono/inverno, reduzir para mensal.
  • Poda: apenas para remoção de folhas velhas ou secas; pode-se pinçar as pontas para estimular maior ramificação.
  • Replantio: a cada 1–2 anos, preferencialmente na primavera.

Multiplicação

  • Feita por estaquia de caule com pelo menos duas folhas, em substrato úmido e protegido.
  • Enraizamento costuma levar 3–4 semanas.

 Problemas comuns

  • Folhas amareladas: excesso de rega ou substrato encharcado.
  • Folhas murchas: falta de água ou baixa umidade do ar.
  • Não floresce: falta de luz, nutrientes insuficientes ou planta jovem.
  • Pragas possíveis: cochonilhas, pulgões e ácaros — tratar com óleo de neem ou inseticida apropriado.





quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Importância dos oceanos para o equilíbrio climático da Terra


 Relação das Mudanças Climáticas com os Mares

Papel dos mares como reguladores de temperatura e grandes sumidouros de carbono.

2. Impactos Físicos e Químicos nos Mares

1. Aquecimento das águas oceânicas

Aumento da temperatura da superfície do mar.

Alteração nas correntes marinhas.

Intensificação de eventos extremos (furacões, ciclones).

2. Derretimento das geleiras e calotas polares

Elevação do nível do mar.

Risco para zonas costeiras e ilhas baixas.

3. Acidificação dos oceanos

Maior absorção de CO₂ atmosférico.

Alteração do pH marinho.

Impactos na calcificação de corais, moluscos e plânctons.


3. Impactos nos Ecossistemas Marinhos

1. Recifes de corais

Branqueamento devido ao aquecimento das águas.

Perda de biodiversidade.

2. Biodiversidade marinha

Alterações nas rotas migratórias de peixes e mamíferos marinhos.

Mudança na disponibilidade de nutrientes.

3. Pesca e segurança alimentar

Redução de estoques pesqueiros.

Ameaça às populações costeiras dependentes da pesca.


4. Impactos Sociais e Econômicos

1. Comunidades costeiras

Risco de inundação e erosão.

Deslocamentos populacionais (refugiados climáticos).

2. Economia

Prejuízos à pesca, turismo e transporte marítimo.

Custos de adaptação em portos e cidades costeiras.

5. Respostas e Estratégias de Adaptação

1. Mitigação

Redução das emissões de gases de efeito estufa.

Expansão de áreas marinhas protegidas.

2. Adaptação

Construção de barreiras costeiras.

Planejamento urbano sustentável em áreas costeiras.

Fortalecimento da pesca sustentável.

3. Pesquisa e monitoramento

Investimento em ciência oceânica.

Sistemas de alerta precoce para eventos extremos.


6. Conclusão

Os mares estão no centro das consequências das mudanças climáticas.

A relação é de dupla via: os mares sofrem os impactos, mas também ajudam a amortecer os efeitos climáticos.

Ações urgentes são necessárias para proteger tanto os oceanos quanto as populações humanas que deles dependem.



sábado, 23 de agosto de 2025

FLORESTAMENTO E REFLORESTAMENTO

Pela primeira vez, em 2024, a probabilidade

 de aumento da temperatura média global

 excedeu

 temporariamente o limite estabelecido pelo Acordo de Paris, 1,5°C.  



O que falar sobre as árvores que não seja clichê? Estamos cansados de saber da importância e funções delas. Além dos cuidados que temos que ter com o mares (um capítulo à parte), a recomendação para remediação e equilíbrio dos problemas climáticos reside em plantar, cultivar e cuidar das espécies arbóreas, com atenção voltada para os
ecossistemas locais, privilegiando àquelas que são nativas, preferencialmente.

E onde plantar? Em todos os lugares possíveis e até supostamente impossíveis. Temos visto o exemplo de plantio em áreas  de desertificação na África, onde fazem golas aprofundadas visando o acúmulo de águas ao redor das árvores.  Nesse contexto, se  evidecia também a China, outrora tida como grande poluidora, hoje florestando intensamente para remediação dos danos causados pela industrialização massiva. Ainda, generalizando, podemos destacar a importância de proteção de nascentes através da arborização das mesmas, com intuito de incremento dos mananciais e lençóis freáticos. Portanto, urge a estratégia de não se destruir as florestas, recompô-las quando necessário, criar possibilidades de  ampliação de plantio de árvores. O que se recomenda no geral, aplica-se essencialmente às cidades. O mais importante é que esta tática é viável à nível econômico. 

https://www.instagram.com/reel/DNO_TwCM9tS/?igsh=bHM2cDRsZ3U3d243

https://www.instagram.com/p/DNlJhX4gUtk/?igsh=MWRuY2d4NDRxZmpzMw==

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

SECA E CALOR EXTREMO


Assim como no caso das enchentes,  as cidades e o planeta em geral sofrem com o calor causticante.  Estamos sofrendo com os extremos opostos causados pelos desequilíbrios climáticos. 

Essa situação de aquecimento global se estende desde as perdas em plantações e colheitas, desertificação de áreas   produtivas ou não, branqueamento dos corais, derretimento  de geleiras, aumento do nível  do mar, afetação de nascentes e aquíferos, aumento da concentração de gases (óxido nitroso, vapor d'água, dióxido de carbono, metano), empobrecimento e salinização dos solos, desflorestamento, perda da diversidade, desconforto social nas cidades até a ocorrência de incêndios de matas adentrando às cidades, por vezes.  

E as situações desfavoráveis não terminam por aí. Se levarmos em conta as ações  humanas, como por exemplo - o aumento do consumo, a falta de estrutura para o transporte público, queimadas criminosas, o problema dos resíduos...

 Enfim, os relatos acima, em parte, precedem às mudanças climáticas que tendem a se agravar. Estamos com o risco iminente de irreversibilidade das condições de recuperação do planeta. Esse fator, prestes a ocorrer, afetará drasticamente a resiliência da natureza, sua diversidade e as condições humanas de sobrevivência no planeta.


https://www.instagram.com/reel/DNO_TwCM9tS/?igsh=bHM2cDRsZ3U3d243

 

terça-feira, 19 de agosto de 2025

MODOS DE REMEDIAÇÃO SOBRE AS AÇÕES CLIMÁTICAS NAS CIDADES

 


Dando continuidade à postagen anterior verificamos um conglomerado de prédios atualmente nas cidades, provocando inúmeras "ilhas de calor". Recomenda-se para tanto, o aproveitamento de praças e espaços viáveis em mini florestas. Assim como pode-se fazer a inserção do verde no topo de prédios, paredes e incentivo à jardinagem.  E, principalmente, dar ênfase na arborização urbana.

Quanto aos alagamentos, temos que empreender na infiltração das águas.  Primeiramente, admitir que não dá para continuar retilinizando os rios e que suas margens, já que não há viabilidade de formação de mata ciliar, essas devem ser providas de arborização maciça e formação de "canteiros de chuva". Esses são estruturas dotadas de mecanismos para percolacão das mesmas, que podem promover o escoamento das águas direcionando-as para os rios e  lençóis freáticos. Aliás esses canteiros são bem vindos em todas as cidades - porém  é um capítulo à parte.

Quanto à manta asfáltica, como já foi dito,  deve-se observar estudos acadêmicos que nos remetam à permeabilidade,  inclusive com utilização de materiais recicláveis,  destaca-se nesse ínterim a borracha dos pneus inutilizados.

Diminuindo-se os desmatamentos e queimadas, florestando e reflorestando viabilizamos a questão de circulação dos "rios aéreos".

Quanto à liberação de gases e efluentes temos que contar também com estudos acadêmicos, fiscalização e aplicação de leis inerentes ao  assunto.  Estamos nos referindo à poluição de todo tipo. E muita vontade política, como em tudo revisitado por aqui.

Mas, se observarmos bem, muito do que foi relatado não são investimentos com grandes gastos a serem  empreendidos. Se cada prefeitura fizesse um mapeamento do ponto de vista ambiental com foco nas mudanças climáticas,  não estaríamos rumo ao caos e não comprometeríamos as futuras gerações. 

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

O CLIMA E AS CIDADES


 


As ilustrações acima nos remetem à importância da cobertura do solo, qualquer que seja ela. 

A partir dessa concepção podemos rever os problemas causados pelas variações do clima, cada vez mais frequentes,  e essa é a questão. 

Muitos afirmam que tais eventos já  ocorriam, sim! Porém não tanto repetidas vezes, em tão curto espaço  de tempo e em todos os lugares em momentos concomitantes.

Entendido isso,  podemos falar um pouco das estruturas das cidades, ressaltando-se alguns dos problemas pontuais que intensificam os efeitos climáticos.

Primeiramente destacamos as "ilhas de calor", ocasionadas pelo excesso de construções aglutinadas, por vezes, incluindo-se aí asfaltos que impermeabilizam o solo e produzem aquecimento do ar.

Essa questão está também relacionadas às enchentes, porque a infiltração das águas fica prejudicada. Contudo, outro fator de influência no processo é a retilinização dos rios, que perdem seus meandros (curvas), que por conseguinte, correm sem nenhum fator que possa reduzir a velocidade dessas águas. 

Quanto à cobertura asfáltica o que pode-se fazer é retornarmos ao passado, numa época que a cobertura era feita por paralelepípedos. Ou nos remetermos ao futuro através da utilização de  revestimentos permeáveis. Infelizmente, para qualquer solução em diferentes questões climáticas ficamos a mercê das intenções políticas. 

Ainda há a constatação de que os "rios aéreos", que são fluxos de ar provenientes das florestas, ficam com a circulação prejudicada devido aos desmatamentos e incêndios aumenta não o nível de calor.

O aquecimento global está no âmbito dos problemas citados acima, contudo a emissão de poluentes se estende além disso. Diversas indústrias e fábricas não tratam seus resíduos, liberam gases do efeito estufa que não são tratados, portanto as emissões não são nem total ou parcialmente limpas. Nesse contexto temos que lembrar da liberação de efluentes para os rios, Igualmente sem tratamento ideal.

Elencadas algumas fragilidades das cidades, em sequência lançaremos luz sobre possíveis remediaçôes para o problemas evidenciados.  Muitas delas de resoluções fáceis e até pontuais. 

sábado, 16 de agosto de 2025

IMPORTÂNCIA CLIMÁTICA DOS MANGUEZAIS


 Os mangues se descortinam como grandes auxiliadores na contenção de problemas no contexto das mudanças climáticas. 


Oferecem uma grande barreira contra o mar, nas ressacas que ocorrem nas regiões costeiras.

Regulam o clima através das trocas gasosas, absorvendo e armazenando enormes quantidades de carbono.

As raizes aéreas e submersas dos manguezais ajudam a filtrar a água do mar tornando-a mais pura.

Favorecem a reprodução das espécies, pois funcionam como abrigo na fase inicial de desenvolvimento de animais marinhos. São conhecidos como berçários pela quantidade e qualidade reprodutiva da fauna, promovendo grande diversidade.

Além de tudo que foi relacionado acima  há outras funções  socioeconômicas, provenientes da estruturação que ocorre em seu entorno.

Portanto,  a preservação e reconstrução destes ecossistemas riquíssimos fazem toda a diferença em relação às mudanças climáticas!

Para tanto, deixamos uma pequena mostra de como reconstituir um manguezal. É uma tarefa extremamente fácil,  dado que a germinação de suas sementes são bem promissoras.

Os "Propágulos" são considerados as sementes do mangue" e reproduzi-los para posterior inserção no manguezal seria um dos primeiros passos para recuperar um manguezal



 








Mangroves are proving to be major contributors to climate change.

They provide a significant barrier against the sea during storm surges that occur in coastal regions.

They regulate the climate through gas exchange, absorbing and storing enormous amounts of carbon.

The aerial and submerged roots of mangroves help filter seawater, making it purer.

They promote species reproduction, as they serve as shelter during the early stages of marine life's development. They are known as nurseries due to their reproductive quantity and quality, promoting great diversity.

In addition to everything listed above, there are other socioeconomic functions resulting from the structuring that occurs in their surroundings.

Therefore, the preservation and reconstruction of these rich ecosystems makes all the difference in addressing climate change!

To this end, we offer a brief overview of how to rebuild a mangrove forest. It's an extremely easy task, given that seed germination is quite promising.

"Propagules" are considered the mangrove seeds, and reproducing them for later insertion into the mangrove would be one of the first steps in restoring a mangrove forest.

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Los manglares están demostrando ser importantes contribuyentes al cambio climático.

Proporcionan una barrera importante contra el mar durante las mareas de tormenta en las regiones costeras.

Regulan el clima mediante el intercambio de gases, absorbiendo y almacenando enormes cantidades de carbono.

Las raíces aéreas y sumergidas de los manglares ayudan a filtrar el agua de mar, haciéndola más pura.

Promueven la reproducción de las especies, ya que sirven de refugio durante las primeras etapas del desarrollo de la vida marina. Se les conoce como viveros debido a la cantidad y calidad de su producción reproductiva, lo que promueve una gran diversidad.

Además de todo lo mencionado anteriormente, existen otras funciones socioeconómicas resultantes de la estructuración que se produce en su entorno.

Por lo tanto, la preservación y reconstrucción de estos ricos ecosistemas marca la diferencia en la lucha contra el cambio climático.

Para ello, ofrecemos una breve descripción general de cómo reconstruir un bosque de manglares. Es una tarea extremadamente sencilla, dado que la germinación de las semillas es bastante prometedora.

Se considera que los "propágulos" son las semillas del manglar, y reproducirlas para su posterior inserción en el manglar sería uno de los primeros pasos para restaurar un bosque de manglar.




FUNÇÕES DOS MANGUEZAIS FRENTE ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS




A magnífica ilustração faz referência aos manguezais de Guaratiba, Rio deJaneiro, RJ, Brasil. Nas imagens podemos observar o vasto manguezal por onde as águas percorrem, formando os meandros de circulação. O fator favorece que o movimento lento dos pequenos riachos não arraste a vegetação, pois as curvas por onde correm diminuem a velocidade do fluxo aquífero durante as cheias, de modo a não interferir na flora local. Podemos notar nas próximas postagens o efeito da supressão dos meandros na retilinização dos rios que ocorre nas cidades.
Essa área escondida compreende a Reserva Biológica de Guaratiba, que é o maior manguezal da cidade. É um dos ecossistemas vitais que garantem a pesca na Baía de Sepetiba e possui uma biodiversidade relevante. Aqui, cada curva dos rios se torna um caminho vital e cada elemento arbóreo atua como uma barreira para as águas mais turbulentas, causadas pelas variações climáticas. Um pedacinho do céu na terra.
Tudo o que foi mencionado foi para destacar a importância dos manguezais diante das questões climáticas. No entanto, para reverenciar os manguezais, é preciso um post exclusivo, que será publicado depois deste.



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The magnificent illustration refers to the mangroves of Guaratiba, Rio de Janeiro, RJ, Brazil. In the images we can observe the vast mangrove through which the waters travel forming the circulation intricacies. The factor favors that the slow movements of small streams do not drag vegetation, because the turns through which they run decrease the speed of flow during floods, so as not to interfere with the local flora. We can notice in the next posts the effect of the suppression of the meanders, on the retilinization of the rivers that occur in the cities.
This hidden area comprises the Guaratiba Biological Reserve, which is the largest mangrove in the city. It is one of the vital ecosystems that guarantee fishing in the Bay of Sepetiba and has a relevant biodiversity. Here, each turn of the rivers becomes vital paths and each tree element acts as a barrier to the most turbulent waters, caused by climatic variations. A little piece of heaven on earth.

Everything that was mentioned was to highlight the importance of mangroves in the face of climate issues. However, to revere mangroves, an exclusive post is required, which will follow this one.

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La magnífica ilustración hace referencia a los manglares de Guaratiba, Río de Janeiro, Brasil.

En las imágenes, podemos observar el vasto bosque de manglares por el que fluye el agua, formando meandros. Esto evita que el lento movimiento de los pequeños arroyos arrastre la vegetación, ya que las curvas que siguen reducen la velocidad del flujo durante las inundaciones, evitando así la interferencia con la flora local. En futuras publicaciones, veremos el efecto de la supresión de meandros en el enderezamiento de los ríos que se produce en las ciudades.

Esta zona oculta comprende la Reserva Biológica de Guaratiba, el bosque de manglares más grande de la ciudad. Es uno de los ecosistemas vitales que sustenta la pesca en la Bahía de Sepetiba y cuenta con una importante biodiversidad. Aquí, cada curva del río se convierte en un camino vital, y cada árbol actúa como una barrera contra las aguas turbulentas causadas por el cambio climático. Un pequeño paraíso en la tierra.

Todo lo mencionado anteriormente tenía como objetivo destacar la importancia de los manglares en el cambio climático. Sin embargo, honrar a los manglares requiere una publicación dedicada, que se publicará después de esta.









sexta-feira, 15 de agosto de 2025

EFEITOS DAS VARIAÇÕES CLIMÁTICAS SOBRE OS CULTIVOS

 


As mudanças climáticas interferem grandemente no ciclo das culturas. Não só em relação as catástrofes ocasionadas pelo clima.

Há recorrentemente alterações mais profundas relacionadas aos regimes pluviométricos, modificações das estruturas físicas e químicas do solo, amplitudes diárias de luminosidade,  circulação de rios aéreos,  variações drásticas de temperatura e umidade.

Concomitantemente, os organismos presentes no solo e toda a diversidade biológica do entorno dos cultivares ficam igualmente afetados.

Temos, então, estabelecido todo um desequilíbrio prejudicial ao regime normal de cultivo. Por vezes não ocorre floração, polinização,  cruzamento entre as espécies,  predomínio de pragas indesejáveis, pouco desenvolvimento de raízes, entre outros fatores.

Assim, urge a recuperação  de florestas, matas ciliares, preservação de manguezais. 

  • Florestar e reflorestar são as palavras em evidência. Diversos países já investem fortemente neste quesito.  Adicionando-se também  a perspectiva de preservação da flora e fauna a questão da não poluição, porém o assunto já foi discutido no blog,  o que nada impede de retornarmos ao assunto, brevemente. 

EFFECTS OF CLIMATE VARIATIONS ON CULTIVARS
Climate change significantly impacts crop cycles. This isn't just due to climate-related disasters.

There are often more profound changes related to rainfall patterns, modifications to the physical and chemical structures of the soil, daily light amplitudes, airflow circulation, and drastic variations in temperature and humidity.

Concurrently, soil organisms and the biological diversity surrounding crops are equally affected.

This has led to a detrimental imbalance in the normal cropping system. Sometimes, there is no flowering, no pollination, no cross-breeding, no undesirable pests, and little root development, among other factors.

Therefore, the restoration of forests, riparian forests, and the preservation of mangroves is urgently needed.

Afforestation and reforestation are the buzzwords. Several countries are already investing heavily in this area. Also adding the perspective of preserving flora and fauna to the issue of non-pollution, however the subject has already been discussed on the blog, which does not prevent us from returning to the subject, briefly.
EFECTOS DE LAS VARIACIONES CLIMÁTICAS EN LOS CULTIVARES
El cambio climático impacta significativamente los ciclos de los cultivos. Esto no se debe únicamente a los desastres relacionados con el clima.

Con frecuencia se producen cambios más profundos relacionados con los patrones de lluvia, las modificaciones en las estructuras físicas y químicas del suelo, la amplitud de la luz diaria, la circulación del aire y las variaciones drásticas de temperatura y humedad.

Al mismo tiempo, los organismos del suelo y la diversidad biológica que rodea los cultivos se ven igualmente afectados.

Esto ha provocado un desequilibrio perjudicial en el sistema de cultivo normal. En ocasiones, no hay floración, polinización, cruzamiento, plagas indeseables y el desarrollo radicular es escaso, entre otros factores.

Por lo tanto, la restauración de los bosques, los bosques riparios y la preservación de los manglares es una necesidad urgente.

La forestación y la reforestación son las palabras de moda. Varios países ya están invirtiendo fuertemente en este ámbito. Añadiendo también a la cuestión de la no contaminación la perspectiva de la preservación de la flora y la fauna, aunque el tema ya ha sido tratado en el blog, lo que no nos impide volver sobre el tema, brevemente.