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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

BANANEIRA X ORGÂNICOS





Gente, o que vocês acham de produtos orgânicos? Amam? Adoram? Ou Idolatram?
Nós temos uma informação boa, principalmente para o pequeno produtor: a banana é um ótimo produto para a produção orgânica! Isso acontece pois a bananeira retorna para o solo cerca de dois terços de sua fitomassa, restituindo, assim, quase 70% do que produz. Durante o cultivo, alguns cuidados precisam ser tomados pelo alimento cultivado dessa forma, como a necessidade de o solo ser mantido coberto. O resultado é bastante aceito pelo mercado, já que o fruto é mais valorizado por receber a confiança do consumidor. 
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Entenda mais sobre o sistema orgânico de produção e sobre o cultivo orgânico de banana.. Lembre-se: É bom pra saúde do consumidor, pro bolso do produtor e pra sustentabilidade da terra cultivada.

 Se existe uma cultura fácil de ser adaptada ao sistema orgânico de produção é a bananeira. "Cerca de dois terços de toda a fitomassa da bananeira retorna para o solo, ou seja, ela restitui quase 70% do que produz", afirma Ana Lúcia Borges, pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA) e representante da Empresa na Comissão de Produção Orgânica da Bahia, fórum composto por membros de entidades governamentais e não governamentais.
No Brasil, estima-se que apenas 0,5% da área colhida de banana esteja sob monocultivo orgânico, ou seja, em torno de 2.400 hectares. De acordo com dados de 2014 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dentre todas as frutas produzidas no Brasil, a banana ocupa o segundo lugar em área colhida (aproximadamente 485 mil hectares), produção (cerca de 6,9 milhões de toneladas) e consumo aparente por habitante (30 kg/ano).
Para ser considerado orgânico, o produtor deve usar técnicas ambientalmente sustentáveis e não pode utilizar agrotóxicos nem adubos químicos solúveis, que devem ser aplicados rigorosamente de acordo com as instruções para que não haja excesso em relação à capacidade de absorção das plantas e, a longo prazo, não tragam danos ao ecossistema.
Para ser regularizado, existem três opções: certificação por um Organismo da Avaliação da Conformidade Orgânica (OAC) credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), organização em grupo ou cadastramento no Mapa para realizar a venda direta sem certificação. Além disso, pode seguir o sistema orgânico de produção para a cultura da banana, organizado pela Embrapa, que está na segunda edição. A publicação reúne informações técnicas sobre estabelecimento da cultura, preparo da área, seleção de variedades e mudas, práticas culturais, manejos de doenças, nematoides, insetos e ácaros, além dos manejos na colheita e pós-colheita, com base nos regulamentos aprovados para a produção orgânica
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Mercado

Por ter princípios bem definidos pelas certificadoras, o mercado de banana orgânica diferencia-se do convencional devido às peculiaridades dos processos ‘antes da porteira' e ‘depois da porteira'. "Os cuidados nas fases de comercialização são maiores e, por isso, o percentual de perda do produto é menor que os cerca de 40% encontrados para as bananas convencionais, embora não haja estudos com dados percentuais mais próximos da realidade", declara a pesquisadora Áurea Albuquerque, doutora em Economia Agrícola.
No momento sob forte expansão, o mercado brasileiro de banana orgânica está concentrado em centros de distribuição especializados (atacados), redes de supermercados com processos de logística que englobam produtos orgânicos e feiras livres especializadas – com vendedores cadastrados em associações ou cooperativas. "Tanto nas feiras especializadas quanto nas redes de economia solidária a rentabilidade do produtor, que muitas vezes é o próprio vendedor, é maior, pois a maximização do lucro é relegada a segundo plano", salienta Áurea.
Segundo a pesquisadora, a exportação de banana orgânica brasileira vem crescendo nos últimos anos. O destaque fica para produtos processados, como a banana passa proveniente do Projeto Jaíba, em Minas Gerais, e exportada, principalmente para a União Europeia e os Estados Unidos. "Além das exigências que os agricultores devem atender para exportação, somam-se os requisitos para certificação orgânica, institucionalizados por órgãos internacionais, o que confere  garantia adequada ao produto". 
Para o consumidor, a certificação é a garantia da procedência e da qualidade orgânica de um alimento natural ou processado. Para o produtor certificado, agregação de valor ao seu produto é um diferencial de mercado que estabelece uma relação de confiança com o consumidor. Além disso, por não utilizar agrotóxicos, a saúde dos próprios agricultores é preservada.

Nutrientes

Fertilizantes, corretivos e inoculantes somente podem ser usados se permitidos pela Instrução Normativa 17, de 18 de junho de 2014, do Mapa. Os nutrientes podem ser supridos por meio de fontes orgânicas (adubo verde, esterco animal, torta vegetal ou cinza) ou minerais naturais (calcário, fosfato natural e pó de rocha) ou da mistura das duas fontes.
O ideal é que o produtor aproveite resíduos da sua propriedade (fitomassa da bananeira e outras culturas), para reduzir custos com transporte, e utilize coberturas vegetais apropriadas para o ecossistema da região. "A agricultura orgânica é mais adequada e viável ao pequeno agricultor porque ele pode usar tudo da sua área. Se ele tem um animal, até mesmo uma galinha, pode usar o esterco, fazer o composto e colocar na bananeira", exemplifica a pesquisadora. Outros resíduos que podem ser usados no composto são bagaço de laranja ou de cana-de-açúcar, cinzas de madeira, polpa de sisal, raspa de mandioca, torta de algodão, cacau ou mamona. Também existem no mercado produtos certificados. 
O composto orgânico demora cerca de três meses para liberar os nutrientes. "No sistema orgânico o fruto realmente cresce menos. Como o nutriente não está prontamente disponível, a liberação é lenta, mas observamos que isso tem uma vantagem. O fruto cresce devagar, concentra o brix [a doçura], fica com tamanho adequado, em torno de 90 a 100 g, e mais saboroso. Para o consumidor, isso pode ser importante", informa. 
"Particularmente, a bananeira é uma planta muito fácil de produzir de forma orgânica porque anualmente não é necessário colocar tanto adubo já que ela restitui ao solo dois terços da sua fitomassa. Da bananeira, só saem os frutos. Então, tem que se repor os nutrientes que saíram com o cacho. Tudo volta, até o engaço [estrutura que segura os frutos]'.

Conservação do solo

Uma preocupação constante do produtor orgânico precisa ser com a conservação do solo, que deve ser mantido sempre coberto. Por isso, na fase de formação do bananal é recomendável o plantio de leguminosas e não leguminosas nas entrelinhas do bananal. "As plantas utilizadas como adubo verde devem ter crescimento inicial rápido, para abafar as plantas espontâneas e produzir grande quantidade de massa verde", explica José Egídio Flori, pesquisador da Embrapa Semiárido (PE). Ao serem cortadas, as plantas de cobertura devem ser deixadas sobre a terra. Esse material orgânico se decompõe, liberando nitrogênio – principalmente as leguminosas – e outros nutrientes.
Nos experimentos em área de produtor, as leguminosas que trouxeram melhor resultado foram feijão-de-porco (Canavalia ensiformis), crotalária (Crotalaria juncea), guandu ou feijão-de-corda (Cajanus cajan) e cudzu tropical (Pueraria phaseoloides). Perene e tolerante à sombra, o amendoim forrageiro (Arachis pintoi) deve ser usado apenas em regiões de boa pluviosidade ou em bananais irrigados. "O produtor pode consorciar a bananeira com uma cultura que ele pode vender também e ter uma renda a mais, como o guandu", salienta Ana Lúcia.

Pragas e doenças

De acordo com a Instrução Normativa 17 do Mapa, nos sistemas orgânicos, deve-se priorizar a utilização de material adaptado às condições locais e tolerantes a pragas e doenças. "O grande problema do sistema orgânico é a mão de obra. No sistema convencional, o monitoramento é feito para avaliar se precisa fazer o controle. No orgânico, tem que ser o tempo todo. Quando aparecer uma praga, o produtor tem que retirar antes que se alastre. A vistoria precisa ser constante", alerta Ana Lúcia. Por isso, a melhor alternativa para o controle é a utilização de estratégias de manejo integrado de pragas (MIP).
"Não existem variedades de bananeira desenvolvidas especificamente para plantio em sistemas orgânicos de produção, mas as variedades utilizadas para o sistema convencional vêm sendo cultivadas com sucesso, adotando-se as práticas recomendadas para o sistema orgânico. A Embrapa tem uma série de variedades resistentes, que permitem o cultivo sem a utilização de agrotóxicos", esclarece. Para verificar o comportamento de oito variedades de bananeira no sistema orgânico, dois experimentos foram implantados em locais com condições e climas distintos: no Perímetro Irrigado Pedra Branca, localizado nos municípios de Curaçá e Abaré (BA), e outro na Unidade de Pesquisa de Produção Orgânica (UPPO), na área da Embrapa Mandioca e Fruticultura, em Cruz das Almas (BA). As variedades foram Prata Anã, Pacovan, BRS Platina, BRS Princesa, BRS Japira, BRS Preciosa, BRS Vitória e Galil-18. No primeiro ciclo, destacaram-se, no ecossistema Semiárido, a bananeira BRS Preciosa e, no ecossistema Mata Atlântica, a BRS Platina. No segundo ciclo, destacou-se a BRS Princesa no Semiárido e a ‘Galil 18' na Mata Atlântica.
"A resistência a doenças importantes e a rusticidade, em especial, das variedades BRS Platina e BRS Princesa facilitam a adoção e o cultivo em áreas onde o uso de tecnologia ainda é incipiente", confirma o pesquisador Edson Perito Amorim, líder do Programa de Melhoramento Genético de Bananas e Plátanos da Embrapa.
Em Pedra Branca, além do experimento de competição de variedades de bananeira na área do produtor João Conceição, foi conduzida, de 2010 a 2013, uma área com a cultivar Pacovan orgânica, cujo acompanhamento foi feito por técnicos da assistência técnica Projetec, contratada pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). "Na área de Pacovan obtivemos bom resultado de produção, que foi em média de 23 t/ha. O desempenho de produção e qualidade dos frutos da bananeira orgânica foi bom", completa José Egídio Flori.
O agricultor João Conceição, que já cultivava hortaliças orgânicas, teve bons resultados com a banana orgânica. "A produtividade foi muito boa. Eu segui todas as recomendações do pessoal da Embrapa e da assistência técnica porque acho que o produtor não pode fazer as coisas só da cabeça dele. Fiz até análise do solo. Só não pude ganhar mais porque não sou certificado e precisei vender as bananas para o atravessador junto com as convencionais", salienta.

Léa Cunha (MTb 1633/BA) 

Embrapa Mandioca e Fruticultura 
Telefone: (75) 3312-8076
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)



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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

OS JOVENS E OS RESÍDUOS SÓLIDOS








Agora, com o Plano Nacional de Juventude e Meio Ambiente, jovens de todo o país têm uma política pública específica para o meio ambiente. E um dos objetivos do plano é ampliar a participação de jovens na gestão de resíduos sólidos.

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 O plano foi elaborado com a ajuda de jovens de todo o país. O objetivo é que essas políticas públicas tornem efetivos os direitos da juventude à sustentabilidade e ao meio ambiente. Plano Nacional de Juventude e Meio Ambiente O Plano Nacional de Juventude e Meio Ambiente (PNJMA) foi instituído pela Portaria Interministerial nº 390¹, de 18 de novembro de 2015. O Plano tem como objetivo a promoção e integração das políticas públicas ambientais que efetivem os direitos da juventude à sustentabilidade e ao meio ambiente, garantidos no Estatuto da Juventude. O PNJMA deverá integrar o Sistema Nacional de Juventude-SINAJUVE, instituído pela Lei nº 12.852, de 5 de agosto de 2013. Os princípios do Estatuto da Juventude deverão orientar a implementação do Plano Nacional de Juventude e Meio Ambiente. DIRETRIZES • Participação de jovens nas políticas públicas de meio ambiente, em especial no controle social da gestão ambiental; • Estímulo e fortalecimento dos movimentos, redes e organizações que atuam na • Temática juventude e meio ambiente, em especial as organizações juvenis; • Apoio a trabalho e renda que visem ao desenvolvimento sustentável; • Ampliação da conservação ambiental com inclusão social; • Reconhecimento do valor ecossistêmico dos territórios pelos jovens; • Valorização das identidades e diversidades individual e coletiva. OBJETIVOS • Ampliar e qualificar a participação dos jovens na redução de emissões de gases de efeito estufa, na adaptação à mudança do clima e nas negociações internacionais sobre o tema; • Ampliar a participação de jovens na gestão de resíduos sólidos; • Ampliar a participação de jovens na gestão dos recursos hídricos; • Ampliar a implementação, a oferta e as condições favoráveis para práticas de Produção e Consumo Sustentáveis (PCS); • Aumentar a qualidade e a quantidade de processos de formação e participação de jovens no enfrentamento da injustiça ambiental; • Ampliar o acesso às informações e às condições necessárias para que o jovem possa atuar como agente de transformação em relação aos desafios apresentados pela redução da biodiversidade; • Apoiar a regularização ambiental brasileira, com participação efetiva da juventude rural; • Ampliar a conservação ambiental com inclusão social, por meio do acesso à infraestrutura e fomento à produção sustentável aos jovens de povos e comunidades tradicionais; • Valorizar e preservar saberes e conhecimentos dos povos e comunidades tradicionais entre os jovens, para que participem dos processos decisórios sobre o aproveitamento das oportunidades relacionadas ao uso dos conhecimentos tradicionais e do patrimônio genético de seus territórios; • Ampliar o número de jovens identificados com o território, com conhecimento de seu valor ecossistêmico e engajados no desenvolvimento regional; • Aprimorar o conhecimento dos jovens sobre o uso adequado de produtos químicos e substâncias perigosas; • Incentivar e promover estudos, pesquisas e extensão nos institutos federais e universidades, sobre juventude e meio ambiente, sustentabilidade e desenvolvimento sustentável. O Plano Nacional de Juventude e Meio Ambiente será implementado pela União em regime de cooperação com Estados, Distrito Federal e municípios, organizações da sociedade civil e outras entidades privadas. A execução e gestão do PNJMA será feita pelo Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Ministério da Educação, Ministério do Desenvolvimento Agrário e pela sociedade civil, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente. Poderão participar das reuniões, a convite de sua coordenação, especialistas e representantes de órgãos e entidades públicas ou privadas que exercem atividades relacionadas à juventude e meio ambiente. A participação nas instâncias de gestão do PNJMA será considerada prestação de serviço público relevante, não remunerada. Compete aos executores e gestores do PNJMA: • Articular os órgãos e entidades do poder executivo federal e a sociedade civil para apoiar, orientar e supervisionar a implementação do PNJMA; • Observar as deliberações pertinentes do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), do conselho nacional de meio ambiente (Conama), do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), do Conselho Nacional de Educação (CNE) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf), dentre outras instâncias de participação já constituídas; • Sistematizar e divulgar os projetos e ações do plano, garantindo a transparência e o controle social em todas as fases de sua implementação; • Promover o levantamento de programas e projetos desenvolvidos na área de juventude e meio ambiente, o intercâmbio de informações e a contratação de estudos e pesquisas, para estimular o desenvolvimento de instrumentos e metodologias visando ao acompanhamento e à avaliação de projetos de juventude e meio ambiente; • Elaborar plano de trabalho detalhando a organização e funcionamento da execução e gestão do pnjma com vistas à implementação das ações. O financiamento de ações previstas no PNJMA será acordado entre os ministérios e estabelecido por meio dos instrumentos adequados. A responsabilidade de cada ministério com relação ao cumprimento e ao financiamento das atividades do PNJMA terá em cada órgão sua respectiva referência, mediante as metas assumidas durante a primeira reunião da instância de gestão. 1. O Plano Nacional de Juventude e Meio Ambiente considera a Lei no 9.795, de 27 de abril de 1999, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, regulamentada pelo Decreto no 4.281, de 25 de junho de 2002; a Lei no 12.852, de 5 de agosto de 2013, que institui o Estatuto da Juventude; a Lei no 11.129, de 30 de junho de 2005, que institui o Conselho Nacional da Juventude (Conjuve), a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, que institui a Política Nacional de Meio Ambiente; a Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997, que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos; a Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; a Lei no 12.187, de 19 de dezembro de 2009, que institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) e a Lei no 13.123, de 2015 que dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético, sobre a proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado e sobre a repartição de benefícios para conservação e uso susustentável da biodiversidade (Lei da Biodiversidade).






Acesse o plano 










quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

INFORME: SEMIÁRIO/BOTÃNICA E HISTÓRIA


O estudo da flora brasileira desde o século XIX até hoje é tema do seminário, que acontece de 1º a 3 de março, e é aberto ao público e voltado para pesquisadores, professores e estudantes. Cientistas dos dois países vão abordar desde o contexto político, social e científico do século XIX, quando Saint Hilaire e outros estrangeiros viajaram pelo país coletando e estudando a flora e a fauna brasileiras, até a tecnologia do século XXI aplicada à pesquisa botânica. O seminário acontece na Escola Nacional de Botânica Tropical. Saiba mais 
👉




terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

domingo, 14 de fevereiro de 2016

IRRIGADOR SOLAR AUTOMÁTICO


Pesquisador cria irrigador solar automático com garrafas usadas



Foto: Luiza Stalder
Luiza Stalder -
Um irrigador automático que não usa eletricidade e ainda pode ser feito com materiais usados. Essa criação rústica e eficaz de um pesquisador da Embrapa poderá ajudar de pequenos produtores a jardineiros amadores a manter seus canteiros irrigados automaticamente pelo método de gotejamento.


Desenvolvido pelo físico Washington Luiz de Barros Melo, pesquisador da Embrapa Instrumentação (SP), o equipamento é baseado em um princípio simples da termodinâmica: o ar se expande quando aquecido. Melo se valeu dessa propriedade para utilizar o ar como uma bomba que pressiona a água para a irrigação.



Uma garrafa de material rígido pintada de preto é emborcada sobre outra garrafa que contém água. Quando o sol incide sobre a garrafa escura, o calor aquece o ar em seu interior que, ao se expandir, empurra a água do recipiente de baixo e a expulsa por uma mangueira fina para gotejar na plantação.



"Funciona tão bem que se você sombrear a garrafa, o gotejamento para, e, ao deixar o sol bater novamente, a água volta a gotejar", afirma o pesquisador que apresentou sua invenção na 67ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), de 12 a 18 de julho na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Paulo.



Fazem parte do invento outros dois depósitos de água: uma garrafa rígida também emborcada que desempenha a função de caixa d'água para manter abastecida a garrafa do gotejamento, e um recipiente maior conectado à garrafa-caixa-d'água que armazena um volume maior de água que será usado por todo o sistema (veja esquema abaixo).



"Os tubos que interligam as garrafas podem ser de equipos de soro hospitalar, por exemplo, mas já utilizei até capas de fios elétricos, retirei os fios de cobre de dentro e funcionou também," conta o pesquisador.



Ele explica que o maior desafio para quem for fazer o equipamento em casa é a vedação. Para o funcionamento do sistema é necessário que as três primeiras garrafas estejam fechadas hermeticamente. "Isso pode ser obtido com adesivos plásticos, do tipo Araldite, mas exige uma aplicação minuciosa", ensina.



Também compõe o sistema um distribuidor que pode ser construído com garrafa pet e do qual saem as tubulações que farão a irrigação.



Econômico e ecológico



As vantagens do irrigador caseiro são várias, conforme enumera Melo. Trata-se de um sistema automático sem fotocélulas e que não demanda eletricidade, pois depende somente da luz solar, tornando sua operação extremamente econômica. Ele promove igualmente uma economia de água, pois utiliza o método de gotejamento para irrigar, o que evita o desperdício do recurso.



"Além disso, é possível construí-lo com objetos que seriam jogados no lixo, como garrafas e recipientes de plástico, metal ou vidro", lembra o especialista.



A versatilidade do equipamento também é grande. A intensidade do gotejamento pode ser regulada por meio da altura do gotejador e o produtor pode colocar nutrientes ou outros insumos na água do reservatório para otimizar a irrigação.



4 – reservatório de água; 5 – equalização de pressão atmosférica; 6 – conexão; 7 – tubo de sucção; 8 – recipiente de transposição de água – sifão fonte; 9 – válvula; 10 – tubo de passagem; 11 – bomba solar – recipiente com ar; 12 – tubo de descompressão; 13 – conexão; 14 – recipiente do gotejador; 15 - sifão inverso; 16 – válvula de saída; 17 – gotas; 18 – suporte.
Quanto o Sol ilumina a bomba solar 11, a  temperatura interna aumenta. O ar interno se expande e força a passagem pelo tubo 12; a pressão do ar sobre o líquido no recipiente 14 impulsiona-o a sair pelos tubos 10 e 15.


A água sai pelo tubo 15 por gotejamento. A pressão interna do recipiente 14 diminui. Nisso, a água no recipiente 8 passa para o recipiente 14 para suprir a água perdida. Mas um pequeno vácuo no recipiente 8 é gerado. Este vácuo provoca a sucção da água que se encontra no reservatório 4.



Quando se encerra a iluminação, a bomba solar 11 tende a esfriar, diminuindo ainda mais a pressão interna do recipiente 14, isto provoca um aumento do vácuo no recipiente 8, que aumenta a sucção da água do reservatório 4.



Este processo continua até o recipiente 14 completar totalmente o seu volume de água


https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/3609800/pesquisador-cria-irrigador-solar-automatico-com-garrafas-usadas

sábado, 13 de fevereiro de 2016

TELHAS FOTOVOLTAICAS



Italianos criam telha que já vem com placas solares


A invenção é uma alternativa aos painéis fotovoltaicos tradicionais, que são grandes e pesados.


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As empresas italianas Area Industrie Ceramiche e REM desenvolveram a Tegola Solare, uma telha cerâmica com células fotovoltaicas integradas. É uma alternativa sustentável que não atrapalha a estética original das telhas, como acontece muitas vezes com os painéis fotovoltaicos tradicionais, que são grandes e pesados.
Cada telha tem quatro células que transformam a luz solar em energia elétrica, e a fiação fica logo embaixo do telhado. A invenção pode gerar cerca de 3 kW de energia em uma área instalada de 40 m², o que já seria capaz de suprir as necessidades energéticas da residência.
As telhas fotovoltaicas são mais caras do que as placas convencionais, mas sua instalação é feita como a de qualquer outro telhado.

https://casadasustentabilidade.wordpress.com/2015/11/27/italianos-criam-telha-que-ja-vem-com-placas-solares/

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

RPPN

CRIADA RPPN PEDRA SOBRE PEDRA


Unidade fica em Campo Magro, no Paraná
Foto: RPPN Pedra sobre pedra


Brasília (02/02/2016) – O Diário Oficial da União (DOU) publica nesta terça-feira (02) portaria assinada pelo presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Claudio Maretti, criando mais uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) no Paraná, a RPPN Pedra sobre Pedra.



De acordo com a portaria, a RPPN Pedra sobre Pedra fica no município de Campo Magro (PR), tem área total de 6,47 ha e será administrada por Elovanir Peruci e Nadira Pereira de Lara Peruci. Eles serão responsáveis pelo cumprimento das exigências contidas em lei e estarão sujeitos a sanções no caso de condutas e atividades lesivas à área.



A RPPN é uma categoria de unidade de conservação criada pela iniciativa de proprietários rurais. Ela têm como principal finalidade a conservação da diversidade biológica, admitindo atividades de visitação e pesquisa científica. A transformação de uma área particular em RPPN tem caráter perpétuo, ou seja, embora o proprietário tenha a titularidade do imóvel, o terreno ficará para sempre dedicado à conservação da natureza.



O ICMBio, autarquia federal responsável pela gestão do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc), é o órgão responsável por viabilizar a criação de RPPNs, monitorar a sua proteção e prestar informações técnicas para a manutenção dessas unidades, cuja gestão é de responsabilidade dos proprietários.



Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280


http://www.icmbio.gov.br/portal/comunicacao/noticias/4-destaques/7564-criada-rppn-pedra-sobre-pedra.html