A Secretaria de Meio Ambiente (Semea), da Prefeitura de São José dos Campos, obteve os primeiros resultados do programa de compostagem doméstica de resíduos orgânicos, iniciado em outubro de 2015. Foram três meses de testes, armazenando os resíduos gerados na secretaria e monitorando a composteira até que o primeiro lote ficasse pronto.
“Foi um período de aprendizado, no qual tivemos a oportunidade de conhecer melhor o processo de decomposição dos diferentes tipos de resíduos e fazer os ajustes necessários. Em geral, o processo de produção do adubo deve ser menor, em torno de 45 dias, por isso, a quantidade de matéria seca misturada, no caso, as folhas secas e a serragem, deve ser bem equilibrada”, destacou a bióloga.
Restos de comida, frutas, legumes, verduras, grãos e sementes, saquinhos de chá, filtro e borra de café, cascas de ovos, inclusive restos de origem animal gerados no dia a dia pelos servidores no refeitório, passaram a ser separados e tratados pelo processo de compostagem, gerando o adubo orgânico, um material rico em nutrientes que auxilia na conservação do hortas e jardins.
A iniciativa contou com a participação de alguns técnicos da Secretaria de Meio Ambiente no desenvolvimento e monitoramento da composteira, com o apoio de todos os funcionários, que auxiliaram na separação correta dos resíduos.
O diretor de gestão ambiental comemorou o resultado. “O processo se mostrou viável e o resultado bastante satisfatório. Apenas na nossa Secretaria deixamos de enviar por mês cerca de 300 quilos de lixo orgânico para o Aterro Sanitário”, explicou.
Este conhecimento será multiplicado. O Programa de Compostagem deverá ser introduzido em outras secretarias municipais, em um grupo de escolas da rede municipal e também em condomínios residenciais. “Estamos colocando a política de resíduos em prática”, reforçou o secretário interino de Meio Ambiente.
A composteira foi desenvolvida de forma sustentável, com o reaproveitamento de caixas plásticas e materiais de baixo custo. Diariamente, os funcionários descartavam os restos alimentares em recipientes específicos para resíduo orgânico na copa. Dois funcionários da equipe ficaram responsáveis por armazenar os resíduos na composteira e misturá-los com folhas secas e serragem, materiais essenciais para que a decomposição aeróbica aconteça sem gerar cheiro e líquidos.
A compostagem doméstica é a solução para dar destino ambientalmente correto aos resíduos orgânicos, evitando seu acúmulo nos aterros sanitários. Esta técnica integra as estratégias da política municipal de resíduos sólidos, consolidada pelo Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (Decreto 16.762 de 10 de dezembro de 2015).
Plano Municipal de Resíduos
Uma das principais diretrizes do Plano Municipal de Resíduos Sólidos é promover o tratamento de resíduos na fonte geradora, diminuindo consideravelmente a quantidade de lixo domiciliar aterrado na cidade, que hoje gira em torno de 600 toneladas por dia.
Pelo menos 51% do lixo gerado em uma residência é composto por material orgânico. Até 2034, a meta é de que 33% dos resíduos sejam tratados nos próprios domicílios com a utilização da técnica de compostagem.
A3P
A compostagem também tem interface com a Agenda Ambiental na Administração Pública, programa que internaliza a responsabilidade socioambiental nas atividades do poder público. Um dos eixos temáticos da agenda é a gestão adequada de resíduos sólidos.
http://www.sjc.sp.gov.br/secretarias/meio_ambiente/noticia.aspx?noticia_id=23497