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terça-feira, 22 de setembro de 2015

COMO SERÁ A PRIMAVERA DE 2015?




 A estação de transição para o verão está sob a influência do El Niño. A chuva deve ficar muito acima da média no Sul do Brasil. Áreas de São Paulo e de Mato Grosso do Sul também serão beneficiadas com muita chuva, mas outras partes do país, como o norte de Minas Gerais e a Região Nordeste ainda vão enfrentar meses de seca ou de chuva escassa.
Além disso, o fenômeno deixa a temperatura acima do normal e a estação promete ser quente especialmente no Sudeste e no Centro-Oeste. 


No Brasil, a primavera começa oficialmente em 23 de setembro.

http://www.climatempo.com.br/noticia/2015/09/16/primavera-2015-brasil-6911


segunda-feira, 21 de setembro de 2015

22 DE SETEMBRO / DIA MUNDIAL SEM CARRO



Dia Mundial Sem Carro

No dia 22 de setembro, em cidades do mundo todo, são realizadas atividades em defesa do meio ambiente e da qualidade de vida nas cidades, no que passou a ser conhecido como Dia Mundial Sem Carro.
O objetivo principal do Dia Mundial Sem Carro é estimular uma reflexão sobre o uso excessivo do automóvel, além de propor às pessoas que dirigem todos os dias que revejam a dependência que criaram em relação ao carro ou moto. A ideia é que essas pessoas experimentem, pelo menos nesse dia, formas alternativas de mobilidade, descobrindo que é possível se locomover pela cidade sem usar o automóvel e que há vida além do para-brisa.

No Brasil

A data foi criada na França, em 1997, sendo adotada por vários países europeus já no ano 2000. Na cidade de São Paulo são realizadas atividades desde 2003. Com pedalada-manifesto em 2004, no ano de 2005 houve até visita à Câmara de Vereadores. Até 2006, essas atividades eram realizadas principalmente por iniciativa de cicloativistas e participantes da Bicicletada, com apoio da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente.
As iniciativas dos ciclistas paulistanos continuaram ocorrendo em 2007 e 2008, mas desde 2007 passamos a contar com o Movimento Nossa São Paulo para engrossar o coro, realizando novas atividades e eventos e trazendo mais visibilidade para a data.
Várias outras cidades brasileiras passaram a “comemorar” a data, no mínimo com uma Bicicletada, no dia 22. Em 2010, houve atividades na semana toda em vários estados. Já em 2011, algumas cidades programaram eventos para o mês inteiro, que começou a ser chamado informalmente de Mês da Mobilidade. De lá para cá, a adesão de cidadãos e poder público só aumentou, bem como o esclarecimento correto sobre o DMSC.

Mas qual o problema em andar de carro?

Andar de carro por si só não parece um grande problema. Para entender melhor o real cenário, é preciso afastar-se da visão individual e analisar todo o conjunto.
Locomotiva abandonada em Paranapiacaba. Foto: Versurix, via Flickr

Como chegamos aqui

Ao longo do último século, nossas cidades foram adaptadas para atender prioritariamente ao carro, não às pessoas que nelas vivem. Investiu-se muito mais no uso individual do automóvel do que em soluções de transporte de massa. À medida que as cidades e o país cresciam, deu-se ênfase em possibilitar a venda massificada de automóveis (com incentivos contínuos às montadoras) e à criação de infraestrutura para que esses carros rodassem (enriquecendo empreiteiras e outras empresas).
Nessa política, cada cidadão deveria resolver por conta própria o “seu” problema de mobilidade. O carro incorporava cada vez a imagem de liberdade de ir e vir quando, na realidade, não era sinônimo de liberdade, mas a alternativa que restou. Para mover “massas” de pessoas, deveria haver mais opções de transporte “de massa”.
As ferrovias foram desmanteladas ao longo do século e as hidrovias não saíram do papel. As rodovias se espalharam por todo país, até no coração da floresta amazônica, levando o desmatamento e a poluição no porta-malas. Mesmo os investimentos em transporte coletivo sobre rodas foram sempre muito menores que os investimentos diretos ou indiretos no modelo de mobilidade individual e particular. As ruas, avenidas, pontes e túneis, supostamente criados para atender à demanda, foram agindo como estimuladores dessa demanda, criando um círculo difícil de quebrar: cada vez mais carros ocupando a estrutura criada acabam necessitando de ainda mais espaço, exponencialmente.
As cidades deixaram de ter caminhos por onde as pessoas e os rios passavam para ter caminhos para “chegar rápido de carro”. Atravessar as ruas sem uma armadura de uma tonelada se tornou, cada vez mais, uma aventura perigosa. As cidades deixaram de ser das pessoas e passaram a ser dos carros.

O mau uso do automóvel

O carro é uma invenção maravilhosa. Com um veículo a motor, você pode carregar centenas (milhares?) de vezes o que conseguiria carregar com as mãos. Pode levar pessoas enfermas até um hospital, suprir deficiências de mobilidade e transpor distâncias enormes.
O problema começa a se mostrar quando você percebe que a quase totalidade dos motoristas nas cidades são pessoas sem nenhuma restrição de mobilidade, que estão carregando apenas uma blusa ou um caderno, não estão sendo levadas a hospital algum e estão fazendo um trajeto que muitas vezes não chega nem a 10 km.
Todos saindo com seus carros no mesmo horário causam o efeito mais visível da mobilidade baseada no automóvel: o congestionamento. Outros efeitos são mais difíceis de perceber e alguns até impossíveis de mensurar com exatidão: mortes e sequelas de vítimas de acidentes, stress,isolamento e frustração, agressividade e violência, doenças cardiovasculares e respiratórias, menor tempo para convívio com a família, poluição do ar e das águas, consumo exagerado de recursos naturais, impermeabilização do solo e aumento da temperatura das cidades, diminuição do espaço para convívio entre as pessoas, mudanças na sociedade e degradação nas relações entre as pessoas, prestígio e autoestima atreladas ao automóvel e outras mais (saiba mais aqui).

Nossa! Então tá! O que eu posso fazer?

O dia 22 de setembro é uma oportunidade para que as pessoas experimentem vivenciar a cidade de outra forma. Transporte públicobicicletae mesmo a caminhada são alternativas saudáveis e cidadãs, que contribuem com o meio ambiente, com a sua saúde e até com a locomoção daqueles que realmente necessitam utilizar o carro, sobretudo em situações especiais de mobilidade (melhor idade, gestantes, transporte de crianças pequenas, pessoas com necessidades especiais, etc). Até a carona solidária, combinada com um colega de escritório que more perto da sua casa, já ajuda bastante.
Se você utiliza o carro no dia a dia, faça um desafio a si mesmo no mês de setembro e descubra se você é capaz de passar um único dia útil no ano sem seu carro. A cidade, o planeta e nossas crianças agradecem!
É importante salientar que sem um transporte público de qualidade torna-se difícil a concretização de iniciativas como estas.
https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4916564729285319933#editor/target=post;postID=8416051327470619381

DIA DA ÁRVORE / COMEMORAÇÃO


DIA DA ÁRVORE 
Elas deixam o nosso ambiente mais bonito, alegre e colorido e ainda nos oferecem sombra, oxigênio, frutas. Mas não é só isso: elas são fundamentais para a nossa existência. Vejam só: as espécies arbóreas cumprem um papel importantíssimo para a ‪#‎biodiversidade‬, ajudando a abrigar diversos animais, a conservar a fertilidade do solo, a prevenir a‪#‎desertificação‬, a proteger áreas costeiras e a controlar inundações.
O ‪#‎DiaDaÁrvore‬ é uma data de ação e de conscientização. Se você puder, plante uma árvore! Esse gesto pode contagiar seus amigos, vizinhos e conhecidos. E compartilhe conhecimento: quanto mais as pessoas souberem sobre a importância das árvores em nossas vidas, menos estarão dispostas a derrubá-las



www.mma.gov.br

BAMBU: RESISTÊNCIA E FORÇA E FLEXIBILIDADE




Forte, resistente e flexível: bambu poderá substituir o aço


Cada vez mais as pessoas de todo o mundo estão preocupadas com o impacto que estão causando no meio ambiente e assim estão buscando meios sustentáveis que não agridam a natureza. As empresas estão dando preferência a produtos de baixa emissão de carbono, que consumam pouca água e que sejam provenientes de materiais econômicos. Além disso, os recursos naturais estão começando a ser usado com mais respeito à natureza. Amém!
No entanto o bambu já se mostrou viável para a construção civil, devido a sua resistência, flexibilidade e por seu baixo impacto gerado em seu cultivo. Em países asiáticos e americanos, como por exemplo, China, Equador e Colômbia, a técnica já é bem desenvolvida e utilizada até para pontes e edifícios de pequeno porte. No Brasil, a preocupação já começou, mas, na prática ainda bem escasso o uso.
O Laboratório Future Cities de Cingapura está realizando um estudo que visa determinar quais são as aplicações do bambu na construção civil. A pesquisa está revelando a real condição do material como elemento de estrutura para edificações.
Abundante, renovável e extremamente resistente, o bambu tem um enorme potencial para se tornar no futuro um substituto do aço.
Nos estudos de resistência e tração realizados, o bambu se mostrou extremamente eficiente, superando a maioria dos outros materiais testados, incluindo o aço reforçado, é mole? Isso foi possível devido a sua estrutura oca e tubular que evoluiu ao longo de milênios para resistir às intempéries da natureza. Além de suas vantagens de usabilidade, o bambu ainda oferece uma fácil colheita e transporte, o que o torna economicamente mais viável. Outra característica é a sustentabilidade, já que sua extração é bem menos impactante do que a do metal.
Todos esses fatores são um grande incentivo para o investimento no desenvolvimento da produção e utilização do bambu. Mesmo assim, apesar de inúmeros benefícios, ainda é necessário muito trabalho e pesquisas para superar algumas limitações do material, como a contração e expansão causadas por mudanças de temperatura e absorção de água, além da degradação que pode ser gerada por fatores biológicos.

O "bambu", conforme recomendação de estudo de caso apresentado aqui no Blog sobre recuperação de áreas degradadas (18/08/2015),  é uma excelente opção para ocupação de espaços como lixões e aterros sanitários extintos.
www.engenhariae.com.br

domingo, 20 de setembro de 2015

LIMPEZA DE RIOS E PRAIAS / COMEMORAÇÃO


Todos os anos, o plástico jogado em mares e rios é um dos responsáveis pela morte de milhares de animais aquáticos. No‪#‎DiaMundialDeLimpezaDeRiosEPraias‬, voluntários vão às praias, rios e mangues recolher das águas toneladas de resíduos, que comprometem o bem estar das espécies. Cada cidadão é responsável pelos resíduos que produz e deve dar a destinação correta para eles. Esses materiais jogados nas águas de mares, rios e mangues deixam de seguir o caminho correto da reciclagem. A Gerência Costeira do Ministério do Meio Ambiente atua com ações e projetos de incentivo à sustentabilidade ambiental em rios e oceanos. Faça a sua parte!

www.mma.gov.br


MERCADO BRASILEIRO DE FLORES/ EXPOFLORA


Mercado de flores deve crescer 10% e faturar R$ 6,2 bilhões



Presidente do Ibraflor, Kees Schoenmaker destaca que “o cultivo de flores oferece muitas possibilidades para o pequeno produtor, desde que a propriedade fique perto do mercado consumidor, no máximo, a 100 km de distância”. 

O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de flores e plantas ornamentais e deve movimentar R$ 6,2 bilhões em 2015, ante R$ 5,7 bilhões no ano passado. O resultado esperado projeta um crescimento de até 10%, mesmo em um cenário de crise.
Fontes do setor creditam a expectativa positiva a novas variedades de flores e plantas ornamentais; aos investimentos em reservatórios para captação da água da chuva e em sistemas mais eficientes e adequados de irrigação – como gotejamento e inundação com reaproveitamento após o filtro -, para evitar desperdícios e driblar a crise hídrica; além da instalação de caldeiras movidas a lenha, cavaco e/ou a gás para climatização das estufas, de forma a minimizar os custos com a energia elétrica.
“Estou há 25 anos no mercado e esta não é a primeira crise que o País atravessa. Já tivemos situações piores e o consumidor não deixou de comprar flores. Quem está investindo este ano vai colher bons frutos, quando o mercado se estabilizar”, aposta o engenheiro agrônomo Renato Optiz, presidente da Câmara Setorial Estadual de Flores e Plantas Ornamentais e diretor de Marketing do Instituto Brasileiro de Flores (Ibraflor).
“Estamos ligeiramente otimistas. Tomamos a decisão de não participar desta crise”, reforça Kees Schoenmaker, presidente do Ibraflor.
Na opinião de Optiz, o principal desafio do setor é reduzir as perdas no processo, tanto na embalagem quanto no transporte.
“Como o clima do Brasil é muito quente, as flores se deterioram rapidamente e exigem um ambiente refrigerado após a colheita. Por isto, é preciso continuar melhorando a cadeia do frio para garantir que elas cheguem com qualidade ao consumidor”, sugere.
Schoenmaker aponta como desafios manter os custos sob controle e melhor a automação e a mecanização, além de aprimorar a cadeia de frio. “Buscamos a satisfação do consumidor.”
PRODUÇÃO FAMILIAR
O cultivo de flores tem despertado a atenção de agricultores familiares. Eventos como a Hortitec e a Enflor, realizados anualmente em Holambra, no interior de São Paulo, têm recebido caravanas de produtores da agricultura familiar interessados em conhecer sobre flores.
“Trata-se de uma alternativa interessante para geração de renda em uma pequena área”, garante Optiz.
Segundo Schoenmaker, 75% a 80% dos produtores de flores são de pequeno porte.
“Este é o perfil ideal para a atividade, mas exige muito profissionalismo, pois o mercado é bastante concorrido”, avisa.
O presidente do Ibraflor ainda ressalta que o cultivo de flores oferece muitas possibilidades para o pequeno produtor, desde que a propriedade fique perto do mercado consumidor, no máximo, cem quilômetros de distância, a não ser que esteja reunido em cooperativa. “Quanto mais perto, mais viável.”
De acordo com Schoenmaker, o mercado brasileiro de flores e plantas ornamentais responde por 215.818 empregos diretos, sendo 78.485 (36,37%) na produção, 8.410 (3,9%) na distribuição, 120.574 (55,87%) no varejo e 8.349 (3,8%) em outras funções, especialmente como apoio. O consumo brasileiro de flores é de R$ 26,68 por habitante ao ano.
VARIEDADES
O mercado brasileiro oferece grande variedade de flores de todos os tamanhos, cores e embalagens para atender aos mais variados gostos e ocasiões. Segundo Optiz, o consumidor tem à sua disposição mais de 500 espécies e mais de 3 mil variedades entre todos os tipos de flores.
De acordo com o Ibraflor, o Brasil possui 14.992 hectares de área cultivada com flores e plantas ornamentais – propriedade média de  1,8 hectares –  e um total  de 8.248 produtores. Antes, as vendas de flores e plantas ornamentais eram concentradas em floriculturas, atualmente é possível comprar grande variedade em supermercados e outros pontos de venda dos grandes centros urbanos.
“Hoje as flores podem ser encontradas facilmente, inclusive encomendadas pela internet, o que tem ajudado muito em sua popularização. Mas é importante ampliar ainda mais os canais de comercialização, para ter o produto disponível facilmente em cidades menores”, salienta Optiz.
BOA EXPECTATIVA
Duas cooperativas de flores de Holambra (SP), que respondem por 50% de todo o mercado nacional de flores, têm boa expectativa para 2015. A Cooperflora, que reúne 52 produtores e atende a 400 clientes com uma produção semanal de 2 milhões de hastes, projeta crescimento entre 7% e 10%.
Já a Cooperativa Veiling Holambra, com 360 associados e 500 clientes ativos, que participam de leilões reversos diários para abastecer atacadistas e varejistas de flores, espera faturar R$ 550 milhões, um aumento de 8% a 12% em relação ao ano passado.
Há seis anos, a Veiling praticamente deixou de exportar para atender à demanda do mercado brasileiro. Atualmente, abre exceções apenas para pequenos compradores da Argentina, Paraguai e Uruguai.
A comercialização de flores e plantas ornamentais é feita em cerca de 60 centrais de atacado cadastradas, 650 empresas atacadistas e 21.124 pontos de vendas no varejo, além de 30 feiras e exposições realizadas no País.
Uma amostra do que representa o setor, as novidades e as tendências mundiais podem ser conferidas na Expoflora – maior exposição de flores e plantas ornamentais da América Latina –, que acontece em Holambra no próximo dia 27 de setembro.
http://sna.agr.br/mercado-de-flores-deve-crescer-10-e-faturar-r-62-bi/


sábado, 19 de setembro de 2015

CERRADO /INFORMAÇÕES SOBRE OS RECURSOS FLORESTAIS/FOREST INVESTIMENT PROGRAM - FIP


Cerrado terá R$ 60 milhões para pesquisa


Recursos permitirão a coleta informações sobre a importância do bioma para a população e para o combate às mudanças climáticas.

O Cerrado, segundo maior bioma do Brasil, recebeu, no dia 10 de setembro, a doação de R$ 60 milhões (US$ 16,45 milhões), para o levantamento e a divulgação de informações sobre seus recursos florestais. A contribuição integra o Programa de Investimento Florestal (FIP, do inglês Forest Investment Program), vinculado ao Fundo de Investimentos Climáticos (CIF, do inglês Climate Investment Funds) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) será a instituição responsável pelo gerenciamento e execução dos desembolsos.
O projeto, denominado “Informações Florestais para uma Gestão Orientada à Conservação e Valorização dos Recursos Florestais do Cerrado pelos Setores Público e Privado”, será executado pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) e prevê a realização do Inventário Florestal Nacional (IFN) nos 11 Estados que compõem o bioma e a consolidação do Sistema Nacional de Informações Florestais (SNIF), uma plataforma, voltada à gestão e disseminação de informações sobre os recursos florestais do país.

ESTIMATIVA
Ao final do projeto, que tem duração de 48 meses, a sociedade terá em mãos estimativas detalhadas quanto à área de cobertura florestal e aos diferentes usos da terra; fragmentação, saúde e vitalidade das florestas; diversidade e abundância de espécies florestais; árvores fora da floresta; estimativas dos estoques florestais (volume e biomassa) e estoques de carbono acima e abaixo do solo; características do solo sob as florestas; manejo de florestas; e ainda dados socioambientais, tais como usos de produtos e serviços da floresta pela população local, além da percepção das comunidades quanto à importância das florestas do bioma Cerrado.
O IFN é uma iniciativa do Serviço Florestal Brasileiro, prevista no Artigo 71 do novo Código Florestal (Lei nº 12.651/2012), para levantar informações sobre os recursos florestais do país de forma sistematizada e periódica. Tem como objetivo produzir dados sobre a qualidade e o estado das florestas e dos recursos florestais do país, para fundamentar a formulação, implantação e execução de políticas públicas de desenvolvimento, uso, recuperação e conservação desses recursos.  Os dados são baseados na coleta de dados em campo, em cerca de 15.000 pontos espalhados de maneira sistemática em todo o território nacional.
No início, os inventários visavam principalmente o monitoramento de estoques de madeira. Mas, a partir da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio 92) e do desenvolvimento de novas tecnologias, os inventários florestais nacionais têm ampliado o seu escopo, valorizando a produção de informação sobre outros temas. Dentre os assuntos de maior interesse atualmente estão os estoques de biomassa e carbono, a biodiversidade, a saúde e a vitalidade das florestas, o manejo florestal e a importância social que as florestas desempenham nos dias de hoje.
DISPONIBILIDADE
A realização do Inventário Florestal Nacional (IFN)  tem sido feita por bioma ou Estado, conforme a disponibilidade de recursos financeiros e envolvimento dos Estados. Uma área correspondente a 102 milhões de hectares já foi inventariada. Em cinco Estados e mais o Distrito Federal já foram concluídos os levantamentos de dados em campo (DF, CE, RN, SE, ES, SC).
Além do projeto FIP-Cerrado, encontram-se em andamento mais dois projetos com o mesmo intuito: “Fortalecimento do Marco Nacional de Conhecimento e Informação para Subsidiar Políticas de Manejo Sustentável dos Recursos Florestais” (com o Global Environment Fund - GEF – Food and Agriculture Organization - FAO) e o “Inventário Florestal Nacional no Bioma Amazônia” (com o Fundo Amazônia – Banco Nacional de Desenvolvimento Social -BNDES).
O FIP-CERRADO
Cerca de 5 mil pontos serão visitados para a coleta de dados no bioma Cerrado. Segundo a gerente de Informações Florestais do SFB, Claudia Rosa, o FIP-Cerrado promoverá melhorias na gestão do bioma e contribuirá para a redução das emissões de gases do efeito estufa, a partir da proteção dos estoques de florestas e da promoção do manejo sustentável. “O Brasil não dispõe de informações adequadas sobre seus recursos florestais e essas informações são fundamentais para se estabelecer políticas públicas, de conservação e uso dos recursos”, enfatizou.
Claudia destacou que, a partir do projeto, os tomadores de decisão e a sociedade como um todo terão informações detalhadas sobre os recursos do Cerrado e sobre como eles estão sendo usados pela população. “As informações geradas irão contribuir, entre outras coisas, para a promoção de programas sustentáveis voltados à mitigação de emissões de gases de efeito estufa” explicou.
SOBRE O BIOMA
Segundo dados do MMA, do ponto de vista da diversidade biológica, o Cerrado brasileiro é reconhecido como a savana mais rica do mundo, abrigando 11.627 espécies de plantas nativas já catalogadas. O bioma é lar de 5% de todas as espécies do mundo e comprime 30% da biodiversidade brasileira. Além dos aspectos ambientais, tem grande importância social.
Muitas populações sobrevivem de seus recursos naturais, incluindo etnias indígenas, quilombolas, geraizeiros, ribeirinhos, babaçueiras, vazanteiros e comunidades quilombolas que, juntas, fazem parte do patrimônio histórico e cultural brasileiro, e detêm um conhecimento tradicional de sua biodiversidade.
No entanto, a expansão da fronteira agrícola e a exploração predatória do material lenhoso para produção de carvão, nas três últimas décadas, causam uma progressiva e excepcional perda de habitat natural. Essa contínua degradação torna o bioma ainda mais vulnerável aos efeitos do aquecimento global. Em razão de sua extensão e da elevada quantidade de carbono fixado tanto em sua biomassa quanto no solo, o Cerrado apresenta papel fundamental na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas decorrentes.

http://mma.gov.br/index.php/comunicacao/agencia-informma?view=blog&id=1131