Barbara Lucia Guimarães Alves é Doutora em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social pelo Programa EICOS - UFRJ, Mestra em Engenharia Ambiental pela UERJ, com Especialização em Educação para Gestão Ambiental - PDBG/UERJ. Possui graduação em Licenciatura em Ciências Agrícolas pela UFRRJ e graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Atuando nos seguintes temas: árvores, podas, aterros, consumo, gerenciamento ambiental e resíduos.
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sábado, 18 de outubro de 2025
NATIVAS I
sexta-feira, 17 de outubro de 2025
GUARAJUBA, Bahia. PREMIADISSIMA!
A praia de Guarajuba foi a primeira praia oceânica, continental do norte e nordeste do país contemplada com a Certificação Internacional da Bandeira Azul. São 1850 m de praia certificada, sendo que a Bahia tem 1100 km de extensão marítima costeira.
A preservação ambiental do local é visível na qualidade da água do mar, nas suas restingas (as quais que são constantemente replantadas) e nos lagos.
A região abriga a Área de Proteção Ambiental Lagoas de Guarajuba, a qual se sobrepõe por outra em algumas áreas; a APA Litoral Norte da Bahia.
No litoral baiano foi identificada a "Amazônia Azul" que refere-se à vasta área marítima sob jurisdição brasileira, que se estende da costa até o limite da plataforma continental, marcada pela existência de corais, na qual Guarajuba está inclusa.
Guarajuba é uma bela praia localizada no município de Camaçari, no litoral norte da Bahia, a cerca de 42 km de Salvador e a apenas 15 km de Praia do Forte.
Características gerais
Guarajuba é conhecida por seu mar de águas claras e mornas, com trechos de mar calmo protegidos por recifes e outros com boas ondas, ideais para esportes aquáticos como surf, stand up paddle e kitesurf. É uma das praias mais organizadas e estruturadas da Linha Verde (BA-099), famosa pela limpeza e pelo ambiente familiar.
Estrutura e turismo
A região passou por um grande desenvolvimento turístico e imobiliário nas últimas décadas. Há condomínios fechados, pousadas, resorts famosíssimos, além de bares e restaurantes especializados em frutos do mar.
O calçadão à beira-mar e os quiosques padronizados tornam o lugar agradável tanto para moradores quanto para visitantes.
Ambiente e natureza
Guarajuba mantém uma atmosfera tranquila, mesmo com o crescimento turístico. É comum ver cocais, manguezais e áreas de preservação ambiental próximas, que contribuem para a beleza natural do local.
Durante a maré baixa, formam-se piscinas naturais que são um convite ao banho e ao mergulho.
Acesso
O acesso principal é pela Estrada do Coco / Linha Verde (BA-099), uma das rodovias mais belas e bem conservadas do país. A proximidade com Salvador permite bate-voltas e fins de semana prolongados, embora muitas pessoas tenham casas de veraneio por lá. Outros pontos a ressaltar é a questão da segurança ostensiva local e dispositivos como a disponibilidade de cadeira anfíbia e rampa de acesso à praia, para portadores de deficiência (PARAÍSO).
Destaques e estilo de vida
- Praia do Surf: ponto mais movimentado, com boas ondas.
- Corais
- Porto
- Paraíso,
- Genipabu, BA
- Caribinho.
- O local atrai tanto turistas nacionais quanto estrangeiros, especialmente em feriados e no verão.
Em resumo, Guarajuba combina o charme de uma vila de praia com conforto e boa infraestrutura, sendo um dos destinos mais desejados do litoral norte baiano, ainda assim, investe muito na preservação ambiental — um ponto de encontro entre natureza, lazer e qualidade de vida.
quinta-feira, 16 de outubro de 2025
POLUIÇÃO DO AR
A camada visível avermelhada que às vezes aparece no ar — especialmente sobre cidades ou áreas industriais — pode ser um indicativo de poluição atmosférica, resultante da presença de partículas e gases que interagem com a luz solar.
Vamos detalhar o fenômeno:
🌫️ O que é essa camada avermelhada?
A coloração avermelhada ou alaranjada no ar ocorre devido à dispersão da luz. Quando há uma alta concentração de partículas em suspensão (poeira, fumaça, fuligem, aerossóis e gases poluentes), elas espalham os comprimentos de onda mais curtos da luz solar (como o azul e o violeta) e deixam passar mais os comprimentos de onda longos, como o vermelho e o laranja.
Esse efeito, conhecido como dispersão de Mie (quando as partículas são grandes) ou dispersão de Rayleigh (quando são menores), é intensificado pela poluição.
🧪 Principais poluentes envolvidos
- Óxidos de nitrogênio (NO e NO₂) – gerados pela queima de combustíveis fósseis (veículos, indústrias, usinas térmicas).
- O dióxido de nitrogênio (NO₂) tem coloração marrom-avermelhada e contribui fortemente para a tonalidade visível no ar.
- Material particulado (PM₂.₅ e PM₁₀) – poeira, fuligem, cinzas e partículas finas que reduzem a visibilidade.
- Ozônio troposférico (O₃) – formado pela reação entre NOx e compostos orgânicos voláteis sob luz solar intensa.
- Compostos orgânicos voláteis (COVs) – emitidos por solventes, tintas e combustíveis.
🌇 Onde e quando ocorre com mais frequência
- Em grandes centros urbanos com trânsito intenso (como São Paulo, Cidade do México, Los Angeles, Pequim).
- Em dias secos e ensolarados, com pouco vento e inversão térmica, quando a poluição fica “presa” nas camadas mais baixas da atmosfera.
- Ao entardecer, quando a luz solar já tem um ângulo mais baixo e atravessa uma camada mais espessa da atmosfera.
⚠️ Consequências
- Problemas respiratórios e cardiovasculares (agravamento de asma, bronquite, etc.).
- Redução da visibilidade e impacto estético na paisagem.
- Danos aos ecossistemas e chuvas ácidas quando há acúmulo de gases ácidos.
- Aquecimento urbano devido à absorção de radiação solar pelas partículas.
🌱 Medidas para reduzir o problema
- Controle de emissões veiculares e industriais.
- Incentivo ao transporte público e uso de energia limpa.
- Reflorestamento e aumento de áreas verdes urbanas.
- Monitoramento da qualidade do ar por órgãos ambientais.
domingo, 12 de outubro de 2025
Economia X Sustentabilidade
Sustentabilidade
Fonte: MAY, Peter; LUSTOSA, Maria Cecília; VINHA, Valéria. Economia do meio ambiente. Elsevier Brasil, 2010.
segunda-feira, 6 de outubro de 2025
BIOINSUMOS
🌱 O que são Bioinsumos
Bioinsumos são produtos biológicos usados na agricultura para melhorar a produtividade e proteger as plantas, reduzindo o uso de produtos químicos. Eles incluem micro-organismos vivos, extratos vegetais ou compostos naturais que atuam no solo, na planta ou nos insetos.
🧬 Principais Tipos
- Biofertilizantes: aumentam a fertilidade do solo ou fornecem nutrientes às plantas (ex.: microrganismos fixadores de nitrogênio, como Rhizobium).
- Biopesticidas: controlam pragas e doenças de forma natural (ex.: fungos, bactérias, nematoides benéficos, extratos vegetais).
- Bioestimulantes: promovem crescimento e resistência das plantas a estresses (ex.: extratos de algas, aminoácidos).
🌟 Benefícios
- Ambientais: reduzem poluição do solo e água, conservam a biodiversidade.
- Econômicos: podem reduzir custos com insumos químicos.
- Agronômicos: melhoram a saúde do solo, aumentam a resistência das plantas e podem aumentar produtividade.
⚠️ Desafios
- Eficácia pode variar com clima, solo e cultura.
- Necessidade de armazenamento e aplicação corretos.
- Maior conhecimento técnico para manejo adequado.
🌍 Panorama no Brasil
O uso de bioinsumos está crescendo, especialmente em sistemas de agricultura sustentável, orgânica e integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Incentivos governamentais e pesquisas da Embrapa têm impulsionado o setor.
Tabela sobre bioinsumos:
| Tipo de Bioinsumo | Exemplos | Função / Benefício |
|---|---|---|
| Biofertilizantes | Rhizobium, Azospirillum, húmus, composto orgânico | Fixam nitrogênio, fornecem nutrientes, melhoram a fertilidade do solo |
| Biopesticidas | Bacillus thuringiensis, fungos entomopatogênicos (Beauveria bassiana), nematoides benéficos, extratos de nim | Controlam pragas e doenças de forma natural, sem poluir o ambiente |
| Bioestimulantes | Extratos de algas, aminoácidos, bactérias promotoras de crescimento | Estimulam crescimento, resistência a estresses (seca, salinidade, calor), aumento da produtividade |
| Microrganismos benéficos do solo | Trichoderma, micorrizas | Melhoram a saúde do solo, aumentam absorção de nutrientes e proteção contra patógenos |
| Compostos naturais | Óleos essenciais, extratos vegetais | Ação fungicida, inseticida ou repelente de pragas |
domingo, 5 de outubro de 2025
ILPF-INTEGRAÇÃO-LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA
A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) é um sistema de produção sustentável que combina, em uma mesma área, atividades agrícolas, pecuárias e florestais, realizadas de forma integrada, sinérgica e planejada, com o objetivo de aumentar a produtividade e conservar os recursos naturais.
🌱 O que é a ILPF
A ILPF é um modelo que busca diversificar, intensificar e otimizar o uso da terra, alternando ou combinando:
- Lavouras (soja, milho, sorgo, feijão, etc.);
- Pecuária (criação de gado de corte ou leiteiro);
- Floresta (árvores para madeira, sombreamento, recuperação ambiental, etc.).
Esses componentes podem ser explorados em rotação, consórcio ou sucessão.
🔄 Modalidades da ILPF
- Integração Lavoura-Pecuária (ILP): alternância ou consórcio entre culturas agrícolas e pastagens.
- Integração Lavoura-Floresta (ILF): cultivo de lavouras entre linhas de árvores.
- Integração Pecuária-Floresta (IPF): pastagens com árvores que oferecem sombra e madeira.
- Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF): combinação dos três sistemas de forma conjunta.
🌾 Principais Benefícios
- Econômicos: aumento da renda e diversificação da produção; aproveitamento integral da área o ano todo.
- Ambientais: melhoria da fertilidade do solo, redução da erosão, sequestro de carbono e recuperação de áreas degradadas.
- Sociais: geração de empregos e fixação do produtor no campo.
- Zootécnicos: conforto térmico e bem-estar animal, aumento da produtividade da pecuária.
🌍 Exemplo Prático
Um produtor planta milho e braquiária (capim) no verão. Após a colheita do milho, o capim permanece para pastejo do gado. Paralelamente, há linhas de eucalipto que fornecem madeira e sombra. Assim, a área gera:
- Grãos no verão;
- Carne/leite no outono/inverno;
- Madeira a médio e longo prazo.
🧭 Desafios
- Necessidade de planejamento técnico detalhado;
- Custo inicial mais alto para implantação;
- Demanda por conhecimento multidisciplinar (agronomia, zootecnia, silvicultura);
- Manejo complexo para equilibrar todos os componentes.
🇧🇷 No Brasil
O Brasil é referência mundial em ILPF, com apoio de instituições como a Embrapa, que promove o Programa Nacional de ILPF.
Segundo dados recentes, mais de 20 milhões de hectares já utilizam algum tipo de integração no país.
sábado, 4 de outubro de 2025
Olericultura Agrivoltaica
Olericultura sob painéis solares (agrivoltaica)
É uma área com muita aplicação prática e pesquisa ativa, especialmente interessante para aumentar a renda por hectare, reduzir estresse hídrico nas plantas e aproveitar o mesmo solo para energia e alimento. Vou resumir o que funciona, riscos e um plano prático (passo-a-passo) para começar um projeto piloto de hortaliças sob painéis. Incluo referências recentes para as partes mais importantes.
O que é e por que fazer
Agrivoltaica = instalação de módulos fotovoltaicos elevados/arranjados de modo a coexistir com cultivos abaixo. Pode melhorar eficiência da água, reduzir temperatura e evaporação e gerar receita de energia/arrendamento enquanto mantém (ou às vezes aumenta) produção agrícola. Estudos e guias técnicos recentes resumem ganhos de produtividade por área útil e benefícios microclimáticos.
Vantagens específicas para olerícolas
- Menor estresse hídrico / maior eficiência de uso da água (sombra parcial reduz evaporação).
- Proteção térmica em dias quentes — pode reduzir temperatura do dossel em graus que ajudam qualidade e longevidade das folhas/frutos.
- Risco de queimadura solar e aceleração de maturação moderados — em alguns casos a qualidade (cor, °Brix, firmeza) muda, podendo ser positiva ou negativa dependendo da cultura e do nível de sombreamento.
- Renda dupla: venda de hortaliças + geração/arrendamento de energia.
Principais desafios / riscos
- Sombreamento excessivo reduz rendimento em culturas que exigem alta radiação (ex.: tomate, pimentão) — o nível de sombreamento ideal varia por cultura e estação.
- Alteração do microclima (umidade mais alta sob painéis) pode favorecer algumas doenças fúngicas; manejo sanitário deve ser reforçado.
- Custos de instalação / logística (estruturas elevadas, acesso de tratores, poda, instalação elétrica) e possíveis requisitos regulatórios/ambientais locais.
Projetos de design — parâmetros práticos (baseados em literatura e guias)
- Altura livre do solo: recomenda-se deixar espaço suficiente para operações agrícolas — muitos projetos usam ≥ 2,5–4 m do solo ao vão dos painéis (maior altura facilita mecanização e ventilação). (valor depende da operação).
- Cobertura/fracção de sombra (shading fraction): evitar sombreamento >50% permanente para cultivos exigentes; níveis moderados (~20–40%) costumam beneficiar folhas verdes que toleram sombra. Fazer simulações de radiação e testar in loco.
- Orientação e espaçamento dos painéis: otimizar geração elétrica e permitir luz difusa — linhas de painéis espaçadas para corredores de plantio; ângulo e espaçamento devem considerar latitude e estação.
- Tipo de montagem: estruturas fixas elevadas são comuns; painéis bifaciais ou trackers podem alterar padrão de sombreamento e calor e devem ser avaliados.
- Irrigação e sensoramento: integrar sensores de solo e PAR (radiação) para ajustar irrigação — agrivoltaica costuma aumentar eficiência hídrica.
Culturas mais indicadas (resumo prático)
- Boa adequação / já testadas com sucesso: alface, espinafre, rúcula, outras folhosas; algumas ervas (manjericão, coentro) e mudas/estufas de produção.
- Cuidado / testar: tomate, pimentão, berinjela — podem ficar mais sensíveis à redução de radiação; porém estudos mostram que com sombreamento moderado a qualidade/uso de água pode melhorar (avaliar por local/estação).
- Raiz/bolbos: cenoura, beterraba — sensibilidade variável; testar em parcelas.
Plano prático (piloto) — executar agora mesmo no seu terreno
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Escolha local: mínimo 0,5–1 ha para avaliar múltiplas variantes (pode ser menor, mas varie sombreamento). Inclua áreas de controle (solo aberto).
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Configuração experimental (exemplo simples):
- Parcela A = campo aberto (controle)
- Parcela B = sob painéis com sombreamento leve (~20%)
- Parcela C = sob painéis com sombreamento moderado (~40%)
- Parcela D = corredor entre fileiras (maior insolação parcial)
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Medições a coletar (mínimo):
- Produtividade por parcela (kg/m²) e área colhida;
- Qualidade (tamanho, cor, °Brix quando aplicável, vida pós-colheita);
- Microclima: temperatura do ar e do solo, umidade relativa, radiação PAR (fotômetro);
- Uso de água: volume irrigado e leituras de umidade do solo;
- Incidência de pragas/doenças e manejo fitossanitário;
- Receita e custos (energia gerada/arrendada + custo de instalação e manutenção).
(Instrumentos: sensores de solo, um par de sensores PAR, termômetros/estação meteorológica simples).
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Calendário: por cultivo de ciclo curto (folhosas) faça pelo menos 2 safras (estações diferentes) para captar efeitos sazonais; para culturas de ciclo longo recomenda-se monitoramento anual.
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Manejo integrado: ajuste densidade de plantio, ventilação entre linhas e calendário de irrigação. Previna doenças pela maior umidade com espaçamentos que permitam ventilação e por práticas sanitárias.
Aspectos econômicos e regulatórios
- Modelos de negócio: venda da produção + venda/arrendamento da energia (ou cooperativas/contratos PPA). Em áreas brasileiras há estudos e pilotos mostrando viabilidade, mas atenção a normas locais e licenças ambientais.
Recomendações rápidas (checklist resumido)
- Fazer um piloto controlado (ver plano acima).
- Medir PAR, temperatura, umidade e rendimento.
- Começar com folhosas (alface, rúcula, espinafre) para aprender manejo sob sombra.
- Dimensionar estrutura com altura suficiente (>2,5 m) e corredores de acesso.
- Integrar irrigação por sensores e registrar custos/receitas.
- Consultar guias de boas práticas agrisolar e legislação municipal/estadual.
sexta-feira, 3 de outubro de 2025
UFRRJ na RIO+AGRO
Na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, Brasil - foi desenvolvido um sistema inovador de sensores para medição de umidade do solo, pressão, CO2, temperatura e ph do solo.
Para utilização desses dados foi desenvolvido um outro sistema que capta a energia solar e os armazena na nuvem (Power Bank) onde ficarão disponibilizados através de um programa direcionado para consulta no celular.
GUARATIBA
Guaratiba, RIo de Janeiro, Brasil, se fez representar na RIO+AGRO (Fórum Internacional Agro Ambiental). Podemos dizer que é um pedacinho do céu na terra. É um lugar onde se encontra diversos biomas, que vão desde a magnífica restinga perpassando por florestas e mangues, entre outros. Não foi à toa que o eminente paisagista Roberto Burle Marx por lá resolveu se instalar.
O nome Guaratiba tem origem tupi.
- “Guará” = pode se referir ao guará, ave de plumagem vermelha (Eudocimus ruber), bastante encontrada em áreas de manguezal.
- “Tyba / Tiba” = em tupi significa ajuntamento, reunião, abundância.
👉 Portanto, Guaratiba significa algo como “ajuntamento de guarás” ou “lugar onde há muitos guarás”.
Essas aves eram comuns nas áreas de manguezais da região no período pré-colonial, o que explica a escolha do nome pelos povos indígenas que habitavam a região.
Aqui vão informações sobre os tipos de biomassa, vegetação e ecossistemas em Guaratiba (Zona Oeste do Rio de Janeiro), bem como sua importância ambiental.
O que há em Guaratiba: vegetação & biomassa
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Reserva Biológica Estadual de Guaratiba (RBG)
- A RBG tem ~3.360 hectares, protegendo remanescentes de manguezal, planícies hipersalinas/apicuns, áreas úmidas e áreas em regeneração.
- Espécies vegetais típicas do mangue presentes: Rhizophora mangle, Avicennia schaueriana, Laguncularia racemosa.
- O manguezal é ecossistema de grande valor para biomassa: tanto aérea (troncos, folhas, galhos) quanto subterrânea (raízes e sedimentos) armazenam carbono.
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Horto Florestal de Guaratiba (HFGUA)
- Esta é uma unidade de 8 hectares na Ilha de Guaratiba. Um dos seus objetivos é produzir mudas de espécies da restinga e do mangue.
- Produz mudas nativas, frutíferas, exóticas para reflorestamento e compensações ambientais.
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Vegetação costeira, restinga, mangue, áreas alagadas
- Além do mangue denso, há presença de restinga e vegetações costeiras típicas. A interface terra‐água, sedimentos, matéria orgânica proveniente do mangue (folhas, raízes) configuram importantes frações da biomassa.
- As áreas de apicum / planícies hipersalinas também têm vegetação bastante especializada.
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Fator sequestro de carbono
- O manguezal da RBG é apontado como um dos mais bem preservados do município. Ele retém anualmente uma quantidade significativa de dióxido de carbono (CO₂).
- A biomassa de raízes em manguezais é especialmente relevante para o estoque de carbono, nos sedimentos. Pesquisas em Guaratiba investigam esse aspecto.
Desafios e ameaças
- Degradação ambiental por extração de barro, corte de árvores, ocupações irregulares.
- Incêndios em vegetação, como ocorreu na Fazenda Modelo. Vegetação rasteira, áreas degradadas, ampliação urbana sem controle podem aumentar risco.
- Pressão urbana e expansão: Guaratiba está em uma zona de transição entre áreas ainda relativamente mais naturais e expansão urbana. Isso coloca pressão sobre as áreas de vegetação natural.
Importância da biomassa em Guaratiba
- Serviços ecossistêmicos: a biomassa vegetal (árvores, mangues, raízes) auxilia no sequestro de carbono, regulação do clima local, mitigação de ilhas de calor.
- Produtor de matéria orgânica para ecossistemas aquáticos: o mangue libera matéria orgânica que sustenta fauna marinha e estuarina.
- Proteção costeira e controle de erosão: raízes do mangue ajudam a estabilizar sedimentos, proteger contra ressacas, variação de marés.
- Biodiversidade: vegetações diversas suportam espécies de flora e fauna especializadas.
quarta-feira, 1 de outubro de 2025
Fórum Internacional RIO+AGRO
A proposta principal é aliar a agricultura à sustentabilidade. Nesse ínterim, destaca- se a segurança alimentar e hídrica e a diplomacia ambiental, como também aspectos econômicos e desenvolvimento sustentável, com o foco voltado para as emergências climáticas, energéticas, alimentar e social. O evento ainda conta com expositores de pequenos e grandes empreendimentos agrícolas. E, evidentemente, nós fomos conferir!























