Barbara Lucia Guimarães Alves é Doutora em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social pelo Programa EICOS - UFRJ, Mestra em Engenharia Ambiental pela UERJ, com Especialização em Educação para Gestão Ambiental - PDBG/UERJ. Possui graduação em Licenciatura em Ciências Agrícolas pela UFRRJ e graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Atuando nos seguintes temas: árvores, podas, aterros, consumo, gerenciamento ambiental e resíduos.
Torna-se importante observar o período das floradas, visto que é o grande atrativo desse arbusto, que ao longo do ano não desperta tanta atenção. Portanto, na composição de um projeto deve-se considerar o fato. Sugiro que a espécie seja consorciada com outras de igual beleza, mas com outros atrativos, como por exemplo: com a observância de outras datas diferenciadas de floradas, folhagens exuberantes e até plantas de floração perene, de modo a suprir encantamento no seu espaço durante todo o ano. Ocorre o mesmo com outros clorodendros..
O clerodendro-cotonete é uma planta arbustiva, semi-lenhosa, de folhagem e florescimento ornamentais, nativa das Filipinas e Nova Guiné. Apresenta caule ramificado desde a base, ereto e é capaz de atingir 6 metros de altura, embora geralmente não ultrapasse os 3 metros. Pode ser perenifólia a semi-decídua, dependendo das condições climáticas de onde é cultivada.
Isto é,pode vir a perder suas folhas, além das flores.Portanto, não estará sem pre bonita como se apresenta na primavera.
Suas folhas são grandes, opostas, lanceoladas, elípticas a oblongas, pubescentes, com nervuras bem marcadas e margens irregularmente denteadas. Uma característica marcante das folhas é a página superior verde-escura a levemente azulada e a página inferior arroxeada, o que deixa a planta atraente mesmo quando sem flores. Ocorre ainda uma cultivar de folhas variegadas de amarelo creme.
Os botões florais, que lembram cotonetes. Foto de Wendy CutlerFloresce na primavera, despontando inflorescências terminais e do tipo panícula, densas, com numerosas flores tubulares e longas, semelhantes a cotonetes quando ainda fechadas, e que se abrem em cinco pétalas recurvadas, revelando os estames. O cálice das flores é vermelho e a corolapode ser rósea ou branca. Os frutos que se seguem são drupas elipsóides de cor violácea, com quatro lóculos, o que lhe rendeu o nome botânico ‘quadriloculare‘.
É ainda pouco utilizada no paisagismo, provavelmente devido as observações feitas, anteriormente.
O clerodendro-cotonete pode ser conduzido isolado, como ponto focal, ou em grupos e renques.
Não recomendo como cerca-viva porque, porque com eventual queda das folhas, pode comprometer a privacidade do ambiente..
A folhagem escura pode vir a oferecer um excelente pano de fundo para outras espécies menores e de cor verde mais clara. Além disso, a floração exuberante atrai muitos visitantes graciosos, como beija-flores e borboletas. Através de podas, pode-se manter e estimular o comportamento arbustivo e o adensamento da planta, assim como também podemos treiná-la para que se torne uma arvoreta graciosa.Detalhe da flor. Foto de Forest e Kim StarrComo arvoreta é interessante seu uso em calçadas e passeios.
Observando-se as ressalvas, naturalmente
Também utilizada para o plantio em vasos amplos, decorando pátios, varandas, sacadas ou até mesmo para presentear. Rústica, não exige grande manutenções, que geralmente se resumem a remoção das novas mudas que surgem a partir das raízes e podas anuais, realizadas após o término da floração.Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia sombra, em solofértil, drenável, enriquecido commatéria orgânicae irrigado regularmente no primeiro ano de implantação. Após o pleno estabelecimento o clerodendro-cotonete se torna tolerante a curtos períodos deestiagem, assim como períodos excessivamente chuvosos, sujeitos a encharcamentos. Aprecia o calor e umidade tropicais. Sob geadas ou frio intenso, se ressente, perdendo todas as folhas e eventuais botões, mas costuma rebrotar na primavera. Fertilize mensalmente na primavera e verão, com adubos próprios para o florescimento. Multiplica-se por sementes, mas mais comumente por separação dos brotos que surgem espontaneamente entorno da planta mãe.
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